Utilização do email e presença na Net cresce nas Juntas de Freguesia do Minho mas mantém-se em níveis baixos

19 jul 2005 08:02

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A utilização de email e a criação de presença online aumentou nas Juntas de freguesia do Minho, mas é apenas realidade para uma minoria, diz um estudo que pede reflexão sobre os requisitos mínimos a satisfazer pelos candidatos autárquicos.

Um estudo realizado Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Fernando Pessoa revela que entre 2003 e 2005 o número de Juntas de Freguesia da região do Minho aumentou de forma muito significativa (272,22 por cento), enquanto a utilização do email cresceu a um ritmo mais moderado (60,42 por cento), uma vez que a base de utilizadores era já maior. Daqui resulta que a taxa de posse de email neste tipo de organismos públicos era, à data de conclusão do estudo, de 28,73 por cento, enquanto apenas 8,46 por cento das Juntas de Freguesia tinham um website.

O mesmo estudo conclui que o distrito de Braga está, em termos globais, melhor posicionado que o distrito de Viana do Castelo. O primeiro tinha uma taxa de posse de email de 29,96 por cento e de presença na Internet de 10,89 por cento, enquanto no segundo o email era uma realidade em 26,55 freguesias e a presença na Internet em 4,14 por cento.

O documento estende a análise aos vários concelhos da região para concluir que a Póvoa do Lanhoso lidera na posse de email em juntas de freguesia e nas presenças na Internet com 89,66 e 79,31 por cento, respectivamente. Na cauda da região estão os concelhos de Amares e Celorico de Basto que apresentam as taxas mais reduzidas de posse de email e presença na Internet.

Os autores do estudo registam uma evolução positiva entre as duas edições do documento com um ritmo de crescimento mais elevado para os websites e para o distrito de Braga, mas sublinham que o Governo Electrónico continua a ser uma miragem para a esmagadora maioria das Juntas de Freguesia do Minho. Muitas "juntas continuam a demitir-se do dever de tomarem como responsabilidade sua a dinâmica do desenvolvimento da Sociedade da Informação ao nível local", refere o documento.

Na sequência destas conclusões os autores do estudo sugerem "uma reflexão nacional sobre os requisitos mínimos que os candidatos a autarcas devem satisfazer". Uma medida deste tipo permitiria a diminuição da "quantidade de autarcas que se opõem liminarmente a qualquer introdução de modernidade e melhoria nas suas Juntas de Freguesia", sublinha-se também.