Até final deste ano deverão ser comercializados 61 milhões de equipamentos compatíveis com tecnologias de quarta geração, entre smartphones e tablets. Entre LTE e WiMax, as duas normas para as quais a designação costuma ser usada, o WiMax venceu o primeiro sprint, mas quem está melhor posicionado para ganhar as próximas batalhas é agora o LTE.



Os dados figuram de uma análise da ABI Research e sublinham a preferência de vários operadores pela tecnologia, sobretudo nos Estados Unidos, para oferecer em primeira mão serviços móveis com maior débito. Com a disponibilidade das redes LTE, o WiMax rapidamente começou a perder terreno e para isso contribuíram alguns apoios de peso, como o lançamento do último iPad da Apple, já com suporte para LTE (nos Estados Unidos), o mesmo que tem acontecido com diversos outros modelos.



No entanto, o que a pesquisa também sublinha é que embora os operadores demonstrem um enorme empenho na modernização das suas redes e na busca da tecnologia de nova geração que oferece mais condições para prestar serviços inovadores, a resposta dos clientes a todos os desenvolvimentos surge lentamente.



A análise conclui que o ritmo adesão ao 4G é lento porque, fora dos Estados Unidos, as redes disponíveis na verdade não são muitas, oferecem pouca cobertura e o suporte para equipamentos é ainda muito limitado. Uma das regiões do globo onde é notado este aspeto é na Europa ocidental.



A consultora acredita que do lado dos consumidores a procura em torno do 4G vai centrar-se primeiro em periféricos, como dongles ou hotspots portáteis. Só mais tarde a empresa antecipa que a utilização de outros serviços 4G ganhe maior expressão. As vendas de periféricos para o 4G devem atingir este ano os 27 milhões de unidades.



De sublinhar que várias estudos - incluindo da ITU (União Internacional das Telecomunicações) - posicionam as redes LTE como as de desenvolvimento mais rápido de sempre nas telecomunicações, pelo grande número de operadores que de forma simultânea está a apostar na tecnologia. Neste estudo, no entanto, é analisada a utilização efetiva das redes, medindo essa adesão pelo número de equipamentos compatíveis vendidos.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico




Cristina A. Ferreira