Foi preciso a Microsoft desistir de comprar a Yahoo para a empresa de serviços na Internet voltar atrás com a decisão. "Estávamos a negociar uma forma de encontrar terrenos comuns e, logo no sábado, decidiram retirar-se", declarou à Reuters Jerry Yang, presidente da Yahoo.



Agora, e depois das acções da sua empresa caírem 15 por cento em Wall Street, o responsável vem a público dizendo que a Yahoo deixa a porta aberta para novas conversações. "Se tiverem algo novo para dizer, estamos abertos, estou mais do que interessado em ouvir", frisou Jerry Yang.



Quem fica a ganhar nesta batalha é a Google, que assiste à queda da Yahoo depois de um período em que as acções da empresa foram incentivadas pela onda de especulações em torno do negócio. Por seu turno, a Microsoft perde uma oportunidade de singrar no mercado online e agora a imprensa internacional dá como provável uma mudança nos objectivos de Steve Ballmer, colocando a AOL como próxima “vítima” das investidas da Microsoft.



Os analistas de mercado frisam que a estratégia da Yahoo acabou por prejudicar uma oportunidade de negócio que poderia mudar o rumo da empresa. Salientam ainda que a Yahoo chegou a um ponto em que não pode estar sozinha no mercado e que necessita, com urgência, de alcançar uma aliança para recuperar a credibilidade entre utilizadores e accionistas. Mesmo assim, não é de estranhar que a Microsoft volte tentar uma nova oportunidade com uma oferta, mesmo que fique aquém dos valores oferecidos inicialmente, defendem.



Para dia 3 de Julho está prevista uma Assembleia-geral de accionistas da Yahoo que se espera conturbada e com muitos dos accionistas a mostrarem argumentos contra a estratégia da administração da empresa.



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