A Ar Telecom apresentou esta manhã um balanço da actividade e traçou metas para 2007. A empresa serve actualmente 30 mil clientes e já assegura a cobertura de 300 mil lares com a tecnologia triple play sem fios, TMax. Até final deste ano Miguel Martins, CEO da empresa, estabelece como meta atingir as 200 mil casas passadas e aumentar para 580 mil o número de lares cobertos pela tecnologia. Para atingir este objectivo a empresa vai mais do que duplicar a equipa comercial, que passará de 100 para 240 elementos.



Ao longo do último ano a Ar Telecom facturou 30 milhões de euros, sendo que 25 por cento das receitas foram obtidas através dos serviços de dados e Internet. Os resultados da empresa neste período beneficiaram de novos desenvolvimentos tecnológicos que tornaram mais eficientes os equipamentos instalados nos edifícios para fornecer os serviços de televisão, Internet e voz, aumentando a dimensão do cluster coberto por cada estação base e diminuindo o custo por casa passada em cerca de 20 por cento.



A nível internacional a Ar Telecom tem estado a analisar oportunidades de negócio na Roménia, Polónia, República Checa e mais recentemente na Grécia. Este último país foi considerado o mais interessante para investir, já que ainda não tem oferta de cabo, apenas cobre. Miguel Martins admite negociações com operadores locais que poderão conduzir à entrada do operador português naquele mercado.



No Brasil a Ar Telecom já tem oferta e vem desenvolvendo um plano de alargamento da cobertura geográfica, que já no final do ano lhe permitirá abranger uma área mais povoada que o território português. Além dos planos de crescimento orgânico a empresa estuda a possibilidade de vir a adquirir um operador local que permita acelerar a expansão do negócio. Até final do ano a meta é chegar aos 60 mil serviços vendidos.



Interesse na Televisão Digital Terrestre reconfirmado


O interesse do grupo de Pereira Coutinho na Televisão Digital Terrestre mantém-se, confirmou também hoje Miguel Martins, responsável pelo braço para as telecomunicações da SGC. O responsável defendeu que a tecnologia, a par com o WiMax, serão o complemento que a Ar Telecom precisa para dar cobertura nacional à sua oferta actual. Isto porque a TMax se suporta hoje em estações base que oferecem uma cobertura entre 2 e 4 quilómetros, uma abrangência que inviabiliza comercialmente a expansão para zonas com fraca densidade populacional.



A tecnologia DVB-H da televisão digital terrestre e o WiMax (que também ainda não está licenciável) complementariam a oferta disponível para os grandes centros. A empresa também aponta o know-how já adquirido com uma vantagem competitiva, face a outros concorrentes, pois já está a trabalhar com a norma que suportará a TDT.



Miguel Martins sublinha ainda que conceder uma licença para a TDT um operador já com outra rede nacional significa a canibalização de ofertas e um fraco investimento no desenvolvimento da TDT, repartido com o investimento numa segunda rede.



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