A Comissão Europeia refere que o sector móvel continua a ser aquele que tem mais impacto no mercado das telecomunicações. Os números compilados pelo organismo apontam para um crescimento das receitas em comunicações móveis de 3,8 por cento, colocando o valor total nos 137 mil milhões de euros.



As receitas em comunicações fixas sofreram um decréscimo de 5 por cento face aos números de 2006. Em causa está a preferência dos clientes pelos serviços móveis e de fibra, refere a Comissão em comunicado salientando que, no entanto, "os operadores fixos foram compensados pelo forte crescimento dos seus serviços de banda larga, que geraram receitas no valor de 62 000 milhões de euros".



No que toca à taxa de penetração das comunicações móveis, a quota subiu nove por cento face ao ano passado, fixando-se agora nos 112 por cento. Quanto às comunicações móveis de terceira geração, Bruxelas indica que os números duplicaram no que se refere a assinantes e que os serviços móveis de dados cresceram 40 por cento. Existiam no final de 2007 88 milhões de assinantes de 3G, um segmento que passou a deter uma taxa de penetração de 20 por cento.



Por fim, as conclusões da Comissão indicam que a descida dos preços da telefonia móvel baixaram - até 14 por cento em alguns casos - o que reflectiu a redução das taxas da terminação móvel, um resultado da intervenção dos reguladores nacionais das telecomunicações, e que a portabilidade dos números fixos e móveis passou a estar disponível em todos os Estados-membros excepto na Bulgária e na Roménia.



O balanço final do executivo comunitário indica que 12 milhões de clientes mudaram de operador ao longo de 2007, que 13 por cento dos europeus são neste momento assinantes de uma oferta agregada com factura única, 12 por cento incluem no seu pacote de serviços a televisão, 23 por cento a telefonia fixa, 6 por cento a telefonia móvel e 24 por cento o acesso à Internet.

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