A Comissão Europeia anunciou hoje a adopção da iniciativa i2010, sucessora do eEurope 2005, que nos próximos cinco anos colocará no terreno um conjunto de iniciativas com o objectivo de fomentar e dinamizar os serviços de banda larga, a segurança das redes e o aparecimento de conteúdos digitais.



No centro da estratégia europeia para a criação de uma Economia do Conhecimento está o desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação, principal alvo de um conjunto de medidas que serão ainda afinadas de acordo com as prioridades nacionais de cada Estados-membro a definir até Outubro deste ano.



De acordo com um comunicado a iniciativa, já desenhada pela Comissão Barroso, vai desenrolar-se em torno de três prioridades fundamentais. É objectivo da CE criar "um mercado único aberto e competitivo para a Sociedade da Informação e serviços de média". A intenção é que esse mercado permita a convergência digital, assente numa eficiente gestão do espectro e na modernização das regras para o audiovisual, duas medidas previstas para este ano.



Para 2006 a iniciativa prevê, no âmbito da mesma prioridade, actualizar o quadro regulamentar para as comunicações electrónicas, definir uma estratégia para criar um Sociedade da Informação segura e trabalhar na área da interoperabilidade entre normas de protecção de direitos digitais.



Já no âmbito da segunda prioridade, a iniciativa i2010 quer aumentar em 80 por cento o investimento da União Europeia na investigação para as Tecnologias da Informação e Comunicação. Comparativamente aos países de referência, a Europa está muito atrás em volume de investimento nesta área e enquanto o Japão investe uma média de 350 euros por pessoa em I&D nas TIC, a UE fica-se pelos 80 euros.



A terceira prioridade da Comissão Europeia é a promoção de uma Sociedade da Informação não discriminatória que inclua todos os países ao mesmo nível e todos os cidadãos. Neste âmbito será proposto um Plano de Acção revisto para o governo digital (em 2006) que coloca o cidadão no centro dos esforços públicos de digitalização. É também nesta prioridade que se inclui a intenção de promover os conteúdos multilingue que preservem a cultura dos países europeus, enquanto a difundem pelos 25.



Recorde-se que as Tecnologias da Informação e Comunicação são já responsáveis por 40 por cento da produtividade da UE e por 25 por cento do do PIB.



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