A cidade de Barcelona viu-se obrigada a suspender o serviço Wi-Fi que disponibilizava aos habitantes por não conseguir cumprir as exigências impostos pela Comisión del Mercado de las Telecomunicaciones (CMT), que requeria que o município se constituísse como operadora e financiasse o projecto sem dinheiros públicos.



Na opinião do regulador para o mercado espanhol das telecomunicações, o serviço oferecido pela Câmara de Barcelona, denominado "Sensefils BCN", não tinha interesse público, concorrendo com as operadoras privadas.



A rede do Sensefils BCN havia sido finalizada no passado mês de Março, constando de 11 pontos de acesso público gratuito, através dos quais só estava permitido a ligação sem fios ao portal municipal e a 60 outros sites da administração pública, mas os limites impostos por Barcelona não parecem ter bastado para a CMT, que já outras vezes se tinha pronunciado desfavoravelmente acerca de iniciativas relacionadas com a Internet (ver Notícias Relacionadas).



O município decidiu reduzir o número de endereços Web aos quais era permitido aceder mediante a rede Sensefils BCN com esperança de que o regulador espanhol a considerasse um serviço de interesse público e autorizasse o seu funcionamento, mas tal não aconteceu.



"As exigências do regulador eram irreais, apesar de durante uns tempos termos insistido em encontrar uma solução compatível", explicou Marc Puigdomènech, um representante da Concejalía de Ciudad del Conocimiento de Barcelona, departamento responsável pelo projecto, citado por vários meios de comunicação espanhóis. "Tal não foi possível e decidimos suspender o serviço antes que nos multassem".



Na opinião do porta-voz do departamento, este era uma iniciativa pública, e nunca poderia ser cobrada, o que aconteceria se tivesse que se auto-financiar.



Notícias Relacionadas:

2004-04-16 - Regulador espanhol sanciona empresa pública por oferecer acesso gratuito à Internet