O Centro de Engenharia de Reabilitação em Tecnologias de Informação e Comunicação (CERTIC) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro fez chegar ontem à Entidade Reguladora Para a Comunicação Social um projecto onde são recordadas as necessidades dos cidadãos com deficiências e idosos em termos de acessibilidade. O objectivo é alertar a necessidade de garantir que serão criados serviços específicos para estes utilizadores no âmbito das redes de distribuição da televisão digital terrestre.



O mesmo documento recorda que os serviços a ter em conta "consistem na difusão de três sinais complementares à emissão normal: um sinal de vídeo para interpretação e Língua Gestual Portuguesa (LGP), um sinal de áudio para a dobragem em português [...]e um terceiro sinal de dados com legendas para surdos".



Estas sugestões deverão ser incluídas nas redes TDT embora "a sobreposição dos sinais na emissão recebida pelos utilizadores" deva ser opcional à semelhança do que acontece com "as legendas para surdos transmitidas através do teletexto da RTP, SIC e TVI, diz o comunicado.



O CERTIC sugere que em cada rede TDT, quer na gratuita quer na de assinatura, seja reservada a capacidade equivalente à transmissão de um canal de televisão para os serviços de acessibilidade.



Esta não é a primeira proposta do CERTIC para a implementação de estratégias que foquem a acessibilidade da TDT. Em 2002, o Eng.º Francisco Godinho, responsável pelo centro, apresentou uma proposta para a criação de um canal televisivo para conteúdos adaptados a necessidades especiais. O canal seria direccionado a telespectadores com dificuldades na leitura de legendas ou na audição das emissões na rede de Televisão Digital Terrestre.



No ano seguinte esta proposta foi aceite na Noruega por um canal de transmissão por satélite.



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