O ambiente pesado gerado pelo braço de ferro entre a Anacom e as empresas de telecomunicações continua a dar que falar, e as diversas instituições ligadas ao sector começam a manifestar-se à procura de soluções para garantir o futuro do 5G em Portugal, o mais rapidamente possível. Ainda hoje a Associação para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC) manifestou-se preocupada com a controvérsia em torno do leilão do 5G, pedindo medidas urgentes para evitar o desinvestimento por parte das principais operadoras de telecomunicações.

Mantendo o mesmo tom de preocupação, o TICE.PT escreveu uma carta aberta ao governo, Parlamento e instituições da Sociedade Civil pelo “ruído e conflitualidade em torno do regulamento do 5G em Portugal”. O cluster tecnológico refere que “o 5G constitui uma oportunidade fundamental para a competitividade do tecido económico nacional na próxima década, sendo igualmente pedra basilar de um novo ecossistema tecnológico que permita abraçar com sucesso os grandes desafios de transição digital e ambiental a que Portugal terá de dar resposta”.

Para o cluster, a conflitualidade existente e a litigância que se perspetiva, deveriam ser motivo de preocupação de todos e merecer mais atenção do Parlamento. Espera uma atuação firme e consequente para que o leilão do 5G não coloque em causa o seu importante desígnio nacional.

O Cluster TICE.PT (Pólo das Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica,) foi constituído em 2008 e alberga mais de 80 entidades empresariais, universitárias e associativas, e tem um papel relevante na promoção da inovação. O Cluster está envolvido no programa INTERFACE que visa acelerar e transferir a tecnologia das universidades para as empresas.

Assinaram a carta diversas entidades do sector, como a Altice Labs, EFACEC, ANETIE, Associação Portuguesa de Imprensa, Glintt, Incentea, Inesc TEC, Inforlândia, Inova-ria, Instituto de Telecomunicações, Instituto Pedro Nunos, NOS e a Visabeira Global.