A Comissão Europeia decidiu que vai disponibilizar duas novas bandas de frequências para sistemas de acesso RLAN (Radio Local area Networks), vulgarmente designado Wi-Fi, em toda a União Europeia. O objectivo da medida, que dedica mais espectro às comunicações Wi-Fi, é fomentar o desenvolvimento de redes wireless assentes nesta tecnologia, que de acordo com previsões de analistas, terá uma explosão de utilização nos próximos três anos.



A Comissão considera que a sua decisão, prevista na iniciativa i2010, é um contributo importante para a criação de novos serviços inovadores, como a voz sobre IP, e para a criação de um mercado mais competitivo.



Em comunicado explica-se que a disponibilização de espectro sob um conjunto de regras comuns vai contribuir para reduzir os preços dos equipamentos e facilitar o desenvolvimento de redes públicas e privadas que garantam novos pontos de acesso às tecnologias de banda larga em locais como o aeroporto, centros comerciais, entre outros.



A Comissão apoia a sua decisão em previsões de analistas que apontam para um número actual de utilizadores Wi-Fi na Europa ocidental de 25 milhões, face aos 120 milhões de utilizadores em todo o mundo. A mesma previsão estima que num prazo de três anos o número total de utilizadores Wi-Fi ascenda a 500 milhões.



As novas frequências abertas pela CE vão desde os 5150 aos 5350 MHz e desde os 5470 aos 5725 MHz e fazem parte de uma medida que prevê também a utilização de técnicas inteligentes de protecção do espectro, por forma a evitar interferências indesejadas de satélites ou radares militares. A decisão tem efeitos nos Estados até ao próximo dia 31 de Outubro.



A decisão da CE relativamente a esta matéria tem também a ver com as previsões de congestionamento para a actual frequência de 2,.4 GHz e age por antecipação, garantindo que todos os Estados-membros terão à disposição o espectro necessário para apostar em novas tecnologias de acesso.



"As redes de comunicações electrónicas de alta velocidade são essenciais para a competitividade da Europa. Um enquadramento regulatório que lhes dê suporte é um factor chave no seu desenvolvimento", sublinha Viviane Reding, comissária europeia para a Sociedade da Informação, em comunicado.



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