A Cabovisão, a Portugal Telecom e a Vodafone terão expressado preocupação junto da Autoridade da Concorrência pela falta de compromissos da Zon e Optimus na área da rede fixa e no segmento dos conteúdos. Os contra-interessados pedem mais remédios às duas operadoras em vias de fusão.

Segundo avança a edição do Jornal de Negócios, as três empresas concorrentes têm receio de que a fusão dê origem a uma operadora de telecomunicações que tenha uma posição dominante nos mercados dos conteúdos on demand, televisão paga e exibição cinematográfica. A Cabovisão, PT e Vodafone terão ainda considerado que a futura empresa fica com três redes de alto débito.

Os contra-interessados terão reclamado por condições iguais no acessos aos conteúdos, escreve a publicação económica. A Vodafone já tinha tornado pública esta preocupação ao pedir uma monitorização de todos os contratos relativos ao mercado de conteúdos, sobretudo na área dos canais premium de desporto e de cinema.

Apesar de ter endereçado a crítica às empresas em vias de fusão, a PT está neste momento a negociar uma entrada na SportTV que vai fazer diminuir a posição da Zon no campo dos canais desportivos por subscrição. Por outro lado a Zon tem apresentado um argumento - relativamente a outro processo, mas que acaba por ser valido para este - de que a distribuição da Benfica TV é uma prova de que o mercado dos conteúdos funciona.

A AdC está neste momento a realizar o teste de mercado no qual são avaliados os compromissos endereçados pelas empresas envolvidas no negócio. Até ao final da próxima semana é esperado que o regulador emita o relatório final sobre a fusão, que terá depois que ser novamente avaliado pelos contra-interessados.

Caso seja aprovada, os próximos passos tendo em vista a fusão serão dados de forma rápida como revelou durante o dia de ontem, 24 de julho, o presidente da Zon, Rodrigo Costa.


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