Daqui a cinco anos, o tráfego de dados móveis deverá ser 10 vezes superior ao registado o ano passado, atingindo os 39,75 biliões de megabytes, estima um estudo da Informa Telecoms & Media, agora divulgado. Em 2011 o valor global situava-se nos 3,89 biliões de megabytes.

A análise agora apresentada, que oferece comparações para diferentes tipos de tráfego face aos valores médios registados em 2011, prevê um crescimento impressionante em quase todos os tipos de consumos feitos a partir de dispositivos móveis.

As estimativas apontam para um crescimento de seis vezes e meia no volume de dados associado ao conteúdos vídeo, consumos mais de oito vezes superiores aos atualmente registados em matéria de música de media sociais e seis vezes mais tráfego devido à navegação em páginas Web.

O tráfego decorrente da utilização de jogos (que deverá crescer 10 vezes) e o volume de aplicações descarregadas (14 vezes mais megabytes de tráfego) são as duas áreas em que é esperada uma diferença maior entre os números registados o ano passado e os estimados para 2016. Mesmo que o aumento previsto para as receitas não acompanhe as tendências.

Segundo os analistas da Telecoms & Media, os três principais responsáveis pelo tráfego nas redes móveis nos próximos cinco anos serão as aplicações, o streaming de vídeo e a navegação Web, por esta ordem. Mas se olharmos aos principais geradores de receitas, é a navegação Web quem surge primeiro no ranking, seguida pelas SMS e pelas aplicações.

"O streaming de vídeo vai representar menos de 1% das receitas de dados móveis em 2016, embora se espere que venha a monopolizar um terço do tráfego", afirmou Guillermo Escofet, analista sénior da empresa - que estima que as receitas dupliquem, passando dos atuais 325,8 mil milhões de dólares para os 627,5 mil milhões de dólares.

Mais comedido é também o crescimento esperado na utilização de serviços como as mensagens de texto (SMS) e de imagem (MMS). Em 2011, cada utilizador enviou, em média, 118 SMS e duas MMS por mês. Cinco anos depois, os valores esperados situam-se nos 146 SMS e quatro MMS. Já o recurso a serviços de troca de mensagens instantâneas (chat) e acesso ao email deverá aumentar substancialmente - passando-se de uma média mensal de 31 mensagens de chat trocadas em 2011, para 118 em 2016.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes