O novo Coronavírus não está a "infetar" apenas pessoas, mas também setores de todas as áreas. Numa semana em que a consulta do leilão de 5G foi suspensa por prazo indefinido em Portugal, também em França o COVID-19 teve um impacto negativo. Neste caso ditou o adiamento por um período indeterminado do leilão do 5G.
O regulador do setor em França, a Arcep, explicou ao jornal francês Les Echos que "não conseguiu manter o leilão". Antes disso, o CEO do grupo de telecomunicações de França Iliad, Thomas Reynaud, já tinha garantido à Reuters que era muito provável isso acontecer.
Desta forma, os leilões que deveriam começar a 21 de abril para alocar o espetro de rádio 310 MHz, não poderão ser realizados no tempo previsto. Até ao momento ainda não foi divulgada nova data.
COVID-19 também causa “estragos” ao 5G em Portugal
Em Portugal, e a pedido dos operadores, o COVID-19 levou ao adiantamento da consulta do leilão do 5G, uma decisão que compromete definitivamente o calendário do 5G em Portugal. As notícias do pedido de adiamento foram-se sucedendo durante a semana passada, com os operadores a pedirem o prolongamento da consulta pública sobre o leilão do 5G, que deveria terminar a 25 de março. Na quinta-feira a Anacom acabou por confirmar o adiamento da consulta, por tempo indeterminado, depois de inicialmente ter definido a nova data a 1 de abril.
Todos os pedidos dos operadores invocavam a situação relacionada com o COVID-19 para pedirem o adiamento, tal como a Dense Air. Por isso, a entidade reguladora reconheceu a situação excecional que o país vive, que sustentou a sua decisão. Segundo o comunicado, a decisão de suspensão passou a produzir efeitos desde 19 de março, e "vigora até ao seu levantamento, a decidir tendo em conta a vigência das medidas excecionais e temporárias de resposta à situação epidemiológica provocada pelo COVID-19".
A decisão põe em causa o calendário do 5G que estava definido, e que previa o arranque do leilão em abril, após a análise dos resultados da consulta pública. O atraso da migração da TDT, para o qual a Altice já tinha avisado, já comprometia as metas de ter serviços a arrancar ainda este ano e que deveria render 237,9 milhões de euros.
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