Nove em cada dez empresas acreditam que os sistemas de videovigilância podem ter um papel importante na dissuasão de eventuais comportamentos ilícitos, revela a primeira edição do Barómetro da Segurança das Organizações em Portugal.

Realizado entre Abril e Maio de 2008, o estudo encomendado pela ADT Fire & Security à PremiValor Consulting quis conhecer a percepção dos aspectos relativos à segurança, em todos os aspectos, a nível organizacional, contando com a participação de um conjunto de 15 empresas nacionais, cotadas na Euronext.

O barómetro revela que todas as organizações inquiridas possuem sistemas de vigilância para a gestão dos riscos dos seus activos físicos e humanos, com 93 por cento a acreditarem que a tecnologia contribui para dissuadir comportamentos ilícitos.

O local de risco onde as empresas consideram ser mais importante instalar estes sistemas é nos acessos, nomeadamente nas entradas de pessoas e de viaturas, para a protecção de pessoas e bens.

Auxiliar a segurança realizada pela vigilância humana, assegurar a protecção dos bens que constituem a actividade principal da organização e o registar eficazmente, através da imagem, actos criminosos ou comportamentos anti-sociais são as principais razões apontadas para a instalação de um sistema de videovigilância numa empresa.

A nível geral, a primeira edição do barómetro dá igualmente conta que as empresas portuguesas investem significativamente nos seus planos de segurança, embora 13 por cento revele não possuir Manual de Procedimentos de gestão de riscos." Isto revela muito daquilo que se passa em Portugal e do gap que existe entre o nosso país e o resto do mundo e principalmente face à Europa", salientou Ângelo Correia.

O actual presidente da Associação de Empresas de Segurança congratulou-se pelo facto da questão videovigilância ter amadurecido na sociedade portuguesa e ser actualmente encarada com maior naturalidade, tanto por parte das organizações como por parte das pessoas.

Por parte dos promotores do barómetro ficou a promessa de uma futura edição onde se inclua, também, a segurança relativa aos sistemas informáticos. "Neste barómetro analisou-se a visão das empresas face aos perigos 'de fora'. Uma análise que inclua os sistemas informáticos vai denotar as preocupações de segurança face aos riscos internos", considera Ângelo Correia.