Poderão os passageiros dos aviões usar realmente os seus dispositivos eletrónicos em segurança, mesmo durante a descolagem e a aterragem? É o que pretende investigar a Federal Aviation Administration (FAA), que ontem anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar o verdadeiro impacto da utilização deste tipo de equipamentos, com o objetivo de criar uma lista de recomendações a ser seguida pelas empresas de aviação norte-americanas.

Quem desejar usar o seu tablet, notebook ou leitor portátil de música durante toda a viagem terá que esperar, na melhor das hipóteses, até março de 2013, altura em que a FAA espera ter as conclusões do estudo. Os telemóveis ficam, para já, de fora dos trabalhos a realizar.

O grupo de trabalho, a criar neste outono, será constituído por fabricantes de aeronaves e de equipamentos eletrónicos móveis, por pilotos, assistentes de bordo e também por associações de passageiros e de companhias aéreas. Tudo com o objetivo de criar diretrizes "para ajudar as companhias de aviação a decidir se podem, ou não, permitir o uso generalizado de dispositivos eletrónicos nos aviões atuais" refere num comunicado o Administrador da FAA, Michael Huerta.

A utilização de dispositivos eletrónicos nos aviões é uma prática comum - desde iPads a leitores MP3 e notebooks - mas as companhias aéreas possuem uma regra geral que proíbe a sua utilização quando as aeronaves estão abaixo dos 10 mil pés de altitude (cerca de 3,3 mil metros), devido a possíveis interferências os equipamentos dos cockpits.

No atual cenário, a própria FAA não proíbe a utilização deste tipo de dispositivos, embora refira que as companhias aéreas apenas podem permitir a utilização de equipamentos testados e aprovados com indicações de não interferirem com a eletrónica dos aviões. Uma situação difícil de aplicar por parte das companhias aéreas, devido ao elevado número de equipamentos lançados todos os dias.

A regra tem sido, por isso, proibir a sua utilização durante a descolagem e a aterragem das aeronaves.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico