O MMS será a primeira oportunidade para as operadoras móveis fazerem dinheiro com as redes 2.5G e 3G. Quanto menos custarem os dispositivos com capacidades MMS e o envio de mensagens do mesmo tipo, mais rapidamente a utilização do serviço irá proliferar. Mas de acordo com a consultora Ovum, ainda existem alguns critérios por definir neste mercado recente.



Os primeiros terminais MMS que surgiram no mercado europeu são caros. O T68i da Ericsson, com câmara incluída, custa cerca de 500 euros, e o telemóvel de características idênticas da Nokia, o 7650 - lançado recentemente em Portugal -, tem um preço aproximado de 700 euros, isto sem subsidiação das operadoras. Ao preço do terminal deverá ser adicionado o custo do serviço GPRS.



A questão principal põe-se quanto à estrutura de preços que deverá adoptar-se para as mensagens. Até agora, a aproximação predominante às tarifas do MMS tem sido a de preço único para todo o género de mensagens deste tipo, com ou sem fotografias. A maioria das operadoras europeias de comunicações móveis adoptaram este modelo, nomeadamente a TMN e a Vodafone em Portugal, a MMO2 no Reino Unido, a finlandesa Sonera, a Telenor e a Vodafone D2, na Alemanha.



A Ovum indica que não existem grandes variações no modo como os preços foram estabelecidos. A norueguesa Telenor, o primeira operadora a lançar o MMS, estabeleceu o preço por mensagem em cerca de 1,25 euros. Consequentemente, as outras operadoras optaram por estabelecer preços mais baixos, quando a Sonera cobra 0,60 euros e os outras quatro operadoras mencionadas cerca de 0,40.



Em Portugal, os detentores de telemóveis com capacidades MMS irão pagar cerca de 0,45 euros por mensagem, pelo menos no que diz respeito à Telecel Vodafone e à TMN, uma vez que a Optimus ainda não divulgou preços estabelecidos. Actualmente decorrem as campanhas de promoção do serviço e por isso, o envio de mensagens multimédia ainda é gratuito.



Mas embora o preço único seja até agora o modelo favorito, algumas operadoras entraram no mercado do MMS com uma aproximação diferente relativamente ao preço. A húngara Westel definiu três custos diferentes para mensagens pequenas, médias e grandes. A britânica T-Mobil UK lançou um "pacote" MMS, permitindo que, por 32 dólares por mês, seja possível enviar um sem número de mensagens, apesar de existir um limite de largura de banda mensal de 10Mb.



Os analistas da Ovum afirmam que neste estado inicial do mercado, falta ver que aproximação ao preço terá mais sucesso. Facto que se irá analisar daqui para a frente, agora que o mercado do MMS deixou de ser hipotético para ser real.



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