A Comissão Europeia quer que a Europa esteja em condições de aproveitar todo o potencial da migração da TV analógica para a Televisão Digital Terrestre. Estudos indicam que se este potencial for bem explorado, em 2015 será possível que "o impacto económico do dividendo digital aumente entre 20 e 50 mil milhões de euros". Depois desta data ainda será possível conseguir benefícios suplementares de 30 mil milhões de euros.

No sentido de garantir o aproveitamento deste potencial foi hoje lançada uma consulta pública que pretende reunir elementos para "determinar a melhor maneira de trabalhar em conjunto a nível da UE, a fim de aproveitar ao máximo esta oportunidade única", explica um comunicado. Da consulta constam um conjunto de linhas base para um roteiro europeu de acções comuns e coordenadas que a CE quer ver apreciados pelos actores com interesse na matéria.

Estas linhas partem do princípio que o dividendo digital será usado sobretudo para desenvolver serviços de massas na área da televisão e da banda larga móvel e defendem que, por exemplo, um mesmo equipamento funcione nas mesmas frequências em toda a UE.

"A Europa só atingirá estes objectivos se adoptar uma estratégia coordenada que permita utilizar o espectro radioeléctrico da forma mais eficiente. Dependendo das escolhas que fizermos, o impacto potencial do dividendo digital pode aumentar milhares de milhões de euros", explica Viviane Reding, comissária europeia para a Sociedade da Informação.

"Queremos conhecer melhor as opiniões dos cidadãos, das empresas de radiodifusão, dos operadores móveis e dos outros intervenientes no mercado sobre essas escolhas, antes de finalizarmos as nossas propostas", continua.

Entre os países europeus que já puseram fim ao sinal analógico de televisão estão a Alemanha, a Finlândia, o Luxemburgo, a Suécia, os Países Baixos, a Bélgica e grande parte da Áustria. O dead line para a medida é 2012.

A consulta está acessível até 4 de Setembro de 2009. Depois de analisados os resultados a CE apresentará uma proposta formal.