Bava garantiu na conferência de imprensa dada ontem a partir de Londres que a fusão PT/Oi, anunciada horas antes, não implicaria despedimentos em Portugal. O responsável frisou que os despedimentos previstos para este ano na PT, cerca de 400, estão inseridos no plano normal de ajuste da organização às condições do mercado.



Para além disso, o gestor defendeu que a junção das duas empresas tem potencial para "criar mais emprego e trabalho em Portugal". "Quando trazemos escala vamos poder criar mais oportunidades para os colaboradores e empresas brasileiras, como para os colaboradores e empresas portuguesas", defendeu Zeinal Bava.



Como o TeK já tinha escrito ontem, a colaboração entre equipas das duas empresas era já uma prática comum, ao longo dos últimos dois anos, período de duração da aliança industrial que unia as duas companhias.



No período em que a parceria esteve em vigor, as duas empresas realizaram em conjunto cerca de 80 projetos, que envolveram entre 100 e 150 quadros, a trabalhar de forma conjunta nesses projetos.



A PT e a Oi anunciaram ontem a intenção de fusão, um negócio que deverá estar concluído durante o primeiro semestre do próximo ano e que criará um gigante das telecomunicações que será um dos 20 maiores do mundo, com sede no Rio de Janeiro.



Embora o centro de decisão da PT saia de Portugal, Zeinal Bava garantiu também ontem que a companhia não reduzirá investimento em Portugal, como consequência direta da fusão. Já este ano, o investimento da PT em Portugal será menor que em anos anteriores, mas porque a empresa concluiu o processo de transformação que tem vindo a operar, para se converter numa empresa de Tecnologias da Informação.

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