O Brasil leiloa hoje as faixas de frequência que vão permitir aos operadores e telecomunicações começar a desenvolver uma oferta móvel de quarta geração no país. A leilão vão a Claro, Tim, Oi (participada da Portugal Telecom), Vivo, Sky e Sunrise Telecomunicações.



As estimativas indicam que as licitações não ultrapassem muito os valores base propostos, tendo em conta que a quantidade de espectro disponibilizada é suficiente para as necessidades dos operadores a concurso, pode ler-se na imprensa brasileira.



Os serviços móveis de quarta geração serão lançados no Brasil no próximo ano. A cobertura do país com 4G vai acontecer de forma faseada, com prioridade para as cidades ligadas ao campeonato do mundo de futebol (em 2014), que serão as primeiras a receber a tecnologia.



Até abril de 2013 todas as cidades que receberão provas do campeonato das confederações, que antecede o mundial, devem ter cobertura 4G. Até dezembro do mesmo ano a tecnologia deve estar também disponível em todas as sedes e subsedes do campeonato do mundo de futebol. A cobertura de todo o Brasil com 4G termina só em 2019.



Prevê-se que o ritmo de adoção do 4G no país seja lento, devido ao preço inicial dos equipamentos e dos serviços, ou às limitações na oferta - como também acontece em Portugal - remetendo para a terceira geração (3G) o suporte à banda larga móvel e a serviços avançados acessível à maioria da população.



De acordo com dados da Associação Brasileira de Telecomunicações existem neste momento no país 54,3 milhões de acessos à banda larga via 3G, dos quais 45,7 milhões são telemóveis e 8,6 milhões são modems.



Com a venda de todos os lotes a leilão - incluindo os destinados ao reforço da cobertura móvel em áreas rurais - a ANATEL, regulador brasileiro das comunicações, encaixará, pelo menos,1,5 mil milhões de euros.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico




Cristina A. Ferreira