A maioria dos utilizadores continua a não proteger as suas redes Wi-Fi, diz a Panda Software com base nos resultados de uma análise conduzida recentemente pela PandaLabs onde se apontam também as deficiências do WEP, o protocolo mais recorrente em ambientes wireless.



O relatório pretende dar a conhecer o baixo nível de segurança das redes sem fios de um ponto de vista didáctico, refere Luis Corrons, director de PandaLabs, no resumo do documento, "avaliando métodos de segurança e a forma como estes podem ser vulneráveis devido a limitações de concepção ou simplesmente a uma má configuração". Tudo isto para que o utilizador possa evitar os perigos que se colocam quando se estabelece uma ligação Wi-Fi se não se tomarem as medidas de segurança necessárias, acrescenta.



O estudo revela que 60 por cento dos utilizadores não protege as suas ligações sem fios à Internet, deixando as mesmas vulneráveis à intercepção por terceiros. Para chegar a estas conclusões, a empresa realizou vários testes de wardriving - técnica que envolve a detecção de redes sem fios, em determinada área, usando um portátil equipado com Wi-Fi e software específico - a nível internacional, em países como a Suécia, a Eslovénia, o Canadá e a Argentina.



Além disso, são igualmente apontadas no estudo as deficiências de segurança que o protocolo WEP apresenta, assim como a fiabilidade razoável de sistemas mais actuais, como o WPA ou o WPA-PSK. "Embora seja verdade que as redes sem fios ainda não foram verdadeiramente exploradas para fins maliciosos, vê-se que os utilizadores não estão plenamente conscientes da ameaça que isso representaria para a sua segurança", salienta Luis Corrons.



O director da PandaLabs reserva um último comentário às empresas. "O alcance de um potencial ataque a redes corporativas Wi-Fi insuficientemente protegidas será, com certeza mais preocupante, já que pode comprometer a segurança de toda a empresa", lembra.



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