
A NDrive adoptou um novo modelo de negócio que passa por desinvestir no hardware e concentrar a grande maioria dos esforços da empresa no desenvolvimento de software e na venda de licenças. A intenção não é nova e já no ano passado tinha sido comunicada, mas Eduardo Carqueja, administrador da NDrive, confirmou hoje que esse já é o posicionamento da empresa no mercado internacional, onde abandonou completamente a venda de equipamentos e aposta num modelo de parceria com fabricantes que negoceiam directamente o fabrico dos produtos da marca portuguesa com os retalhistas ou com quem levará os produtos ao consumidor final.
No mercado doméstico a empresa não pretende sair em definitivo do hardware mas esta é cada vez menos uma aposta. Nos dispositivos simples de navegação deverão continuar a surgir alguns produtos, já nos telemóveis está tomada a decisão de que não serão lançados novos equipamentos. Recorde-se que a NDrive lançou duas versões do seu NPhone, a última das quais no final do ano passado. Hoje a empresa admitiu que somando as duas versões comercializou apenas cerca de 11 mil unidades dos smartphones, suportados em sistemas Windows.
Eduardo Carqueja admitiu que os custos para manter uma oferta de hardware são muito significativos, retirando capacidade à empresa para se focar no desenvolvimento de software e consumindo boa parte do lucro gerado com a venda de licenças.
A visão integra com as perspectivas de crescimento que a NDrive tem para o mercado dos sistemas de navegação. A empresa acredita que nas três vertentes deste mercado: telemóveis, dispositivos simples de navegação e automóveis, o segmento dos telemóveis é aquele que apresenta melhores perspectivas de crescimento. "Os telefones vão ser o sangue novo da indústria", defendeu o administrador.
É aliás por isso que com a nova versão do seu software a NDrive apresentou hoje à imprensa uma nova visão "phone centric", onde reflecte a sua convicção que num futuro não muito próximo qualquer dispositivo de navegação terá conectividade. "Começamos a achar que a comunicação é algo intrínseco a este tipo de sistemas", continuou Eduardo Carqueja.
A mesma visão levou a empresa a trabalhar numa versão do software compatível com um número mais alargado de plataformas, como o TeK explica nesta Montra.
Actualmente existem 650 mil utilizadores de sistemas NDrive em todo o mundo. No final do ano a empresa pretende chegar a 1,2 milhões de utilizadores. Apenas 20 por cento das vendas previstas para o resto do ano serão feitas em Portugal. Para as restantes a empresa conta com as operações internacionais, onde existem alguns novos acordos em mercados onde já estava presente ou entrada em novos. Entre os novos mercados destaque para Angola, Austrália e Estados Unidos, geografias onde os produtos NDrive chegam em breve.
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