As redes de tecnologia Wi-Fi instaladas nas escolas estão a causar algumas preocupações junto dos britânicos. Em causa estão as suspeitas levantadas por especialistas do Reino Unido que acreditam que as radiações emitidas pelos sistemas podem ser prejudiciais à saúde dos alunos, escreve a BBC News.



Vários governos europeus já baniram ou limitaram a utilização de redes sem fios nas salas de aula. Esta semana foi a vez da Associação Britânica de Professores Profissionais (PAT) exigir uma acção governamental no mesmo sentido.



Representantes do grupo, citados pela mesma fonte afirmam que é um perigo estar a expor os mais novos a uma radiação cujo potencial de risco para a saúde ainda está por apurar.



As preocupações britânicas ganharam novas proporções e causaram alguma apreensão junto dos neozelandeses, já que, neste país, a taxa de penetração de redes Wi-Fi em estabelecimentos de ensino está em rápido crescimento - mais de metade das escolas primárias e cerca de 80 por cento das escolas secundárias do país têm estruturas Wi-Fi, publicou o New Zeland Herald.



De acordo com Martin Cocker, director executivo da NetSafe, as instituições de ensino que possuem redes de acesso à Internet sem fios acreditam na sua fiabilidade e segurança mas, caso se venha a verificar o oposto "então o caso torna-se alarmante".



O responsável recorda que a maioria dos computadores comercializados actualmente estão equipados com placas wireless, o que aumenta o leque de pessoas sujeitas a radiações.



Apesar das especulações, até aqui não foi concluído nenhum estudo que indicasse os efeitos negativos das radiações sobre os utilizadores. Porém, sabe-se que o nível de radiação emitido por uma rede Wi-Fi será semelhante ao de um telemóvel que, de acordo com análises anteriores, está ligado a doenças como o cancro e danos cerebrais.



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