O acordo foi anunciado esta manhã e segundo a Nokia terá um impacto positivo nas vendas da unidade da companhia que gere o portfólio de patentes na ordem dos mil milhões de euros, a refletir nas contas de 2015. As duas empresas mantinham o diferendo desde 2013, quando a Nokia acusou a Samsung de não pagar o valor devido pela utilização de tecnologias patenteadas pela empresa finlandesa nos seus produtos. O objetivo era estabelecer um novo acordo de cinco anos, que produziria efeitos a partir de 2014.
Às primeiras horas da manhã as ações da companhia finlandesa já tinham caído 10%. Segundo a Reuters, a reação do mercado à medida traduz a desilusão dos acionistas face aos termos do acordo, revelador de que a unidade de propriedade intelectual da Nokia assumiu uma dimensão menos relevante depois da aquisição pela fabricante da Alcatel-Lucent.
As ações da Nokia têm perdido valor desde que o negócio de 15,6 mil milhões de euros foi anunciado em abril do ano passado. A perda de relevância da unidade de patentes da Nokia na nova companhia será uma das explicações para das perdas, que os termos do acordo com a Samsung parecem vir confirmar. A outra são as dúvidas relativamente à capacidade de integração da Alcatel-Lucent, explica ainda a agência noticiosa.
Com o anúncio do acordo com a Samsung, a Nokia projeta uma receita anual recorrente para a unidade que gere a sua propriedade intelectual na ordem dos 800 milhões de euros, um valor que fica 100 milhões de euros abaixo das estimativas dos analistas para 2016. A receita anual recorrente é uma avaliação da performance atual de um negócio, combinada com as estimativas de crescimento para o futuro, tendo em conta os dados disponíveis nesse momento.
A Nokia está a negociar a revisão de outros contratos de licenciamento. A LG é uma das empresas envolvidas em processos desse tipo.
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