Os clientes da Novis e do Clix que usufruíam de ofertas ADSL até 16 Mbps vão, a partir da próxima semana, ver a sua largura de banda automaticamente actualizada para os 20 Mbps, anunciou hoje Pedro Carlos, administrador da Sonaecom, em conferência de imprensa.



O responsável adiantou que a oferta high-end da Sonaecom, até agora limitada aos 16 Mbps, já é utilizada por 20 por cento dos clientes do operador, razão pela qual a empresa considera fazer todo o sentido uma nova actualização da largura de banda disponível.



A nova oferta até 20 Mbps passa a substituir os 16 Mbps e estará disponível em todas as centrais desagregadas já ocupadas pela empresa (138 até final de Março), uma vez que em todas elas a Sonaecom implementou ADSL 2+, sublinhou o responsável.



Face à concorrência a nova oferta da Sonaecom representa uma vantagem teórica de 12 Mbps (comparada com oferta ADSL high-end da PT) e de 15 Mbps (comparada com oferta high-end da Oni), que se torna efectiva dependendo na conjugação de alguns aspectos técnicos, como a distância entre a casa do utilizador e a central.



No ADSL, a oferta de entrada de gama da Sonaecom está nos 2Mbps, velocidade que irá manter-se inalterada apesar do recente anúncio de duplicação da PT, confirmaram os responsáveis da empresa.



Na mesma conferência de imprensa Pedro Carlos sublinhou que a Sonaecom ultrapassou pela primeira vez a Portugal Telecom em número de clientes de banda larga adquiridos durante o primeiro trimestre de 2006, captando 41 por cento do total de novos aderentes, contra os 40 por cento angariados pela PT.



O responsável lembrou que oito em cada dez clientes que abandonam a PT se tornam clientes da Novis ou do Clix, o que permitiu um crescimento de 137 por cento nas receitas de clientes directos entre o primeiro trimestre de 2005 e 2006.



Da mesma forma, a unidade de negócios na rede fixa da Sonaecom registou um crescimento de 1255 por cento nos serviços directos assegurados, passando para os 153.790 serviços directos no final de Março. O número de activações directas cresceu 980 por cento para os 67.145, contribuindo para que no final de Março o número de clientes directos da operadora correspondesse já a 53 por cento do total de clientes geridos. No final de Março a empresa estava em 138 centrais desagregadas cobrindo metade da população portuguesa e mais de 1,7 milhões de lares.



Manuela Calhau, administradora da Sonaecom para a área empresarial, admitiu que o crescimento da empresa em número de clientes tornou mais evidentes algumas falhas nos serviços de apoio ao cliente, acrescentando que a empresa já desenvolveu um conjunto de medidas com vista à melhoria da sua qualidade de serviço.



Entre os exemplos fornecidos, Manuela Calhau explicou que foram tomadas medidas para reduzir os tempos de espera nos serviços de apoio, que também ao nível do aprovisionamento foram feitas mudanças significativas para agilizar o processo de migração de um cliente. Estão também a ser feitos esforços para colmatar as lacunas que resultam da falta de sincronização entre o processo de desagregação e portabilidade que a responsável admite tem sido responsável por falhas de serviço.



Pedro Carlos sublinhou ainda que a unidade fixa da Sonaecom terminou o primeiro trimestre com uma quota de 7 por cento no mercado de banda larga, que sobe para os 10 por cento considerando apenas o segmento fixo. A três anos a empresa prevê captar 20 por cento do mercado total de banda larga.



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