O novo plano tarifário de telecomunicações fixas para empresas da Jazztel é apresentado como "o mais barato do mercado nacional", prometendo uma ordem de poupança de mais de 30 por cento em relação à Portugal Telecom, para um perfil médio de consumo, segundo os responsáveis da operadora em conferência de imprensa realizada esta manhã.



O tarifário Jazztel inclui dois planos de preços destinados a perfis diferentes de consumo: o Plano Corporate para empresas que realizem maioritariamente chamadas de curta duração, e em que a facturação é ao segundo a contar do primeiro segundo, e o novo Plano Corporate Plus, para clientes empresariais cujas chamadas sejam na maioria de longa duração e em que a facturação é ao segundo após o primeiro minuto.



Tanto num tarifário como no outro, a Jazztel pratica um preço único, sem modulação horária já que, segundo José Luís Cardoso, director de Marketing e produtos da Jazztel, no segmento empresarial a existência de duas tarifas não traz qualquer benefício ao cliente pois as chamadas decorrem quase exclusivamente entre as nove e as 21 horas.



O mesmo responsável garante que os novos tarifários da sua empresa são os mais competitivos do mercado para as PME portuguesas. "Se os clientes encontrarem uma factura de telecomunicações mais barata do que a nossa, devolvemos a diferença", referiu na conferência de imprensa.



A nova estrutura tarifária da Jazztel apresenta também como novidade os prémios de permanência. Como clientes Jazztel, as empresas terão direito a atribuições de créditos por cada seis meses de fidelização. Por exemplo, se uma empresa for cliente Jazztel durante 36 meses ser-lhe-ão oferecidos créditos de valor equivalente a três meses e meio de facturação média. Os descontos de crédito a efectuar abatem sobre o valor total, sem diferenciar tipo de chamada.



Para dar a conhecer as possíveis vantagens da sua nova estrutura de preços, a Jazztel diz ter reforçado o seu canal de comunicação com o cliente, apostando em acções de informação com a rede de agentes Jazztel e reforçado a sua equipa de vendas.



A operadora quer baixar a taxa de clientes que desistem dos seus serviços, que no final do ano passado se situava entre os oito e os nove por cento. No mesmo período a Jazztel diz ter ficado surpreendida com o número de empresas que referiu desistir dos seus serviços não por preferir outro operador, mas porque ia encerrar actividade.



Embora o mercado esteja numa "situação difícil", a operadora estima aumentar em 10 por cento o volume de tráfego durante este ano.



Num ano de "investimento limitado" e "crescimento sustentado", a Jazztel afirma que não terá oferta comercial para o Wi-Fi, mas talvez apresente alguns projectos-piloto, "dependendo da forma como o mercado evoluir", referiu Francisco Silva, director de operações da Jazztel em Portugal.



Queixas contra a PT na Anacom

A Jazztel diz vir a apresentar já há algum tempo reclamações contra a PT junto da Anacom, por aquilo que considera como "uso abusivo de informação para fins comerciais". "Há claramente uma utilização indevida da informação disponível na rede por parte da PT", defende Francisco Silva, acrescentando que o argumento de que a informação utilizada faz parte dos arquivos de antigos clientes do operador incumbente - segundo resposta da PT - é impossível de aplicar a empresas que tenham surgido mais recentemente.



O responsável da Jazztel não descarta a possibilidade de vir a recorrer aos tribunais portugueses para resolver a questão, tal como o efectuado pela Sonae.com (veja Notícias Relacionadas).



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