As ofertas suportadas em GSM e os pacotes que juntam os serviços de telefonia fixa, televisão por cabo e Internet estão a suportar o crescimento dos clientes de acesso directo dos novos operadores, que contrariam a descida lenta do número de clientes da rede fixa. Os números da Anacom relativos ao primeiro trimestre de 2006 indicam que o número de clientes dos novos operadores subiu 16,8 por cento, enquanto em termos gerais sofreu uma quebra de 1,3 por cento face ao trimestre anterior, fixando-se agora nos 3,093 milhões.

Também no tráfego de voz e no número de chamadas os novos operadores continuam a crescer contra a corrente. Nos primeiros três meses registou-se um crescimento de 3,4 por cento no tráfego de voz e de 3,6 por cento no número de chamadas, quando o tráfego total de voz foi 5,1 por cento abaixo dos valores anteriores e o número de chamadas baixou 3,5 por cento, mostram os números do regulador do mercado de comunicações.

A Anacom volta a atribuir a redução de tráfego à quebra dos acessos dial-up, que decorre da forte expansão da banda larga. Em termos de tráfego de voz é invocada a redução das chamadas para números fixos, que baixou 2,7 por cento em minutos, e para números móveis (menos 3,2 por cento de minutos).

Os números mostram ainda que em termos de quotas continuou a tendência de redução da quota do grupo PT no tráfego de voz, em minutos e em chamadas, mantendo agora uma quota de 72,2 por cento e 71,9 por cento, respectivamente. Por isso mesmo os novos operadores aumentaram as suas quotas em cerca de 3,4 pontos percentuais no tráfego de voz e em 3,6 pontos em número de chamadas.

A PT continua a dominar nos acessos directos instalados a pedido dos clientes, com uma quota de 87,5 por cento, embora reduzisse o valor em 1,5 pontos percentuais em relação a Dezembro de 2005.

A taxa de penetração de acessos telefónicos principais foi também reduzida em 0,9 por cento, passando para 39 acessos por 100 habitantes.

Nota de Redacção [2006-07-06 18:11]: A notícia foi actualizada com mais informação.

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