O número de lançamentos comerciais de serviços de redes 3G irá atingir o seu pico em 2004, mas as regiões desenvolvidas poderão não ter cobertura total até 2007, de acordo com um novo relatório da empresa de estudos de mercado Allied Business
Intelligence
(ABI) "Wireless Network Operator Strategies:
First Stop Wi-Fi, MMS and EDGE; Next Stop 3G
".

A América do Norte irá registar os primeiros lançamento 3G a partir do
terceiro trimestre deste ano. Nesta região, a base de assinantes de serviços de segunda geração e meia, para redes CDMA200001X e GPRS, conseguiu até agora atrair grandes volumes de clientes, à medida que serviços específicos de determinadas
operadoras como o Vodafone Live e o Sha-mail oferecem funcionalidades e conteúdos únicos.

O relatório examina as estratégias adoptadas pela maior parte das grandes
operadoras mundiais e oferece uma perspectiva realística sobre a direcção
para que a indústria se encaminha, abrangendo seis regiões diferentes e os prazos temporais previstos para a implementação de redes 2,5 e 3G nessas regiões.

Para além disso, também inclui projecções de implementação para os sistemas e tecnologias WCDMA, CDMA2000, EDGE, MMS e Wi-Fi, de acordo com as estimativas de adopção adiantadas pelas operadoras.

Apesar de prever que as redes EDGE vão estar em destaque durante este ano, a ABI estima que as operadoras poderão ser forçadas a lançar redes 3G a longo prazo. O esperado esgotamento da capacidade de voz irá eventualmente obrigar muitas operadoras em todo o mundo a migrarem para redes 3G. A tecnologia EDGE apareceu como uma alternativa à 3G devido à sua maior capacidade de voz e velocidades mais rápidas de transferência de dados. De acordo com a ABI, durante este ano deverão ser lançadas 15 redes EDGE.

Segundo aquela empresa de estudos de mercado, os lançamentos de redes 3G ainda irão enfrentar mais dificuldades, à medida que as operadoras continuarem a introduzir alterações nos seus serviços de dados. As tecnologias EDGE e Wi-Fi, embora sejam complementares na sua natureza, poderão também influenciar a implementação de algumas redes 3G.

O documento da ABI indica ainda que os atrasos na implementação da 3G
deveram-se a projecções irrealistas por parte dos operadores, a complexidades na infra-estrutura de rede, à pouca interoperabilidade dos terminais, e a condições regulamentares bastante restritivas.

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