A Google continua empenhada em transformar em produto comercial os óculos que apresentou no ano passado à comunidade de programadores que passou pela sua conferência anual.



A garantia de que o trabalho continua a rolar como previsto e a ser preparado o lançamento de uma primeira versão para breve (restrita aos programadores que os encomendaram na conferência da Google) foi dada por Babak Parviz, responsável pelo projeto conhecido por Project Glass.
Em entrevista o IEEE Spectrum, o responsável também disse que a empresa continua a experimentar o potencial da tecnologia, à procura de uma combinação final de funcionalidades, que ainda não está fechada.



O mesmo responsável também disse que os desenvolvimentos têm estado focados em melhorias ao nível do hardware e do software, para dar robustez ao produto que, como a Google já tinha garantido, pode transformar-se numa oferta comercial se essa opção se revelar viável.



Uma das áreas onde a empresa tem trabalhado é na melhoria da autonomia de bateria dos óculos, com o objetivo de permitir uma utilização, sem carregamentos, de pelo menos um dia.

Quem esteve na conferência de programadores da Google no ano passado teve a hipótese de encomendar um exemplar dos óculos por 1.500 dólares e garantir o direito a experimentar a tecnologia.



Tirar fotografias e partilhá-las foi uma das aplicações que a Google mostrou para o dispositivo, que está equipado com uma câmara, com um pequeno ecrã e com um painel de toque, a partir do qual é possível controlar funcionalidades. Nas experiências que tem vindo a fazer a Google também experimentou comandos de voz.



Na entrevista o responsável da Google adiantou ainda que a realidade aumentada - uma das características exibidas no vídeo que divulgou o conceito - não será uma aposta central nesta primeira versão dos óculos e sublinhou que os desenvolvimentos estão mais orientados para transformar o produto numa forma de garantir acesso rápido a informação, mas não detalhou.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico