(Actualizada)

Ligações à Internet através de tecnologias de banda larga podem ser encontrados num em cada cinco lares localizados no espaço comunitário. O número é positivo mas fica abaixo dos objectivos da Comissão Europeia, que pretendia fixar a percentagem de acessos nos 30 por cento.



O relatório publicado hoje pelo executivo comunitário diz que, mesmo assim, alguns dos Estados-membros são líderes mundiais na implementação da banda larga. A Dinamarca e a Holanda são os dois países que se destacam na lista comunitária e mundial com taxas de penetração de 34 e 33 por cento, respectivamente.



Outros países a destacarem-se são a Finlândia, a Suécia, assim como o Reino Unido, França, Luxemburgo e Bélgica. Em conjunto com os outros dois países já referidos, estes cinco Estados-membros ficam acima dos valores de penetração de banda larga observados nos Estados Unidos (22,1 por cento), já que em todos se observa uma taxa de implementação superior a 30 por cento.



Pelas contas da Comissão, registou-se um aumento de 19 milhões de linhas de banda larga na União Europeia em 2007, o que equivale a mais de 50 mil residências por dia. O executivo comunitário estima que o sector de banda larga tenha gerado receitas na ordem dos 62 mil milhões de euros, com a penetração da banda larga a fixar-se, em média, próxima dos 20 por cento.



Mesmo assim, a maioria dos Estados-membros continua a registar taxas de penetração abaixo dos 20 por cento, como é o caso de Portugal, onde a quota se fixa nos 16,1 por cento. Mesmo assim, Portugal é o primeiro na lista da União Europeia no que diz respeito ao número de acessos directos dos operadores alternativos na telefonia fixa. A quota destes operadores é de 23 por cento, contra 13,5 por cento da média europeia. No que se refere à banda larga móvel, os dados nacionais apontam para um aumento do número de subscritores, com 4,5 por cento da população a utilizar activamente o 3G.



Sobre Portugal o estudo também refere que é o país da UE com a cobertura de cabo mais completa da União Europeia, com 48 por cento, contra uma média de cobertura nacional de 80 por cento.



Os atrasos são ainda evidentes entre as economias europeias mais desenvolvidas, como a italiana, espanhola, ou irlandesa, onde se verifica uma falta de acompanhamento do ritmo de implementação face ao que seria de esperar, considera o organismo.



De acordo com a comissária europeia Viviane Reding, "os operadores incumbentes detêm mais de 46 por cento das linhas de banda larga" e mais de 60 por cento das ligações em sete países - no Chipre, Luxemburgo e Finlândia a quota de mercado dos incumbentes ultrapassa os 70 por cento.



A responsável considera que "ainda há muito trabalho a fazer" e frisa que "a concorrência a nível do acesso à rede fixa, que continua a ser oferecido a 86,5 por cento dos clientes através da infra-estrutura do operador histórico, é ainda limitada".



A comissária, frisou ainda que "apenas 30 por cento da actividade económica dos principais operadores da UE se processa fora do respectivo mercado doméstico, o que mostra que ainda não existe um mercado único atraente para as empresas e os serviços de dimensão europeia", pelo que é necessário intensificar os "esforços para reduzir as fronteiras regulamentares na Europa" de forma a aumentar o crescimento da banda larga no continente.



Nota de Redacção: A notícia foi actualizada com mais informações relativas ao posicionamento português no ranking europeu.



Notícias Relacionadas:

2008-02-26 - Portugal continua a subir nas tabelas de adopção da banda larga