A Oni ainda não terminou o seu teste comercial da tecnologia powerline, que a empresa já disponibiliza em diversas zonas de Lisboa e que está neste momento acessível em 1.900 lares. Até ao final do ano o operador conta ter um "ponto de vista" sobre se avança ou não com a tecnologia, admitiu Diogo da Silveira, presidente da Oni, em conferência de imprensa.



O presidente da Oni defende que a tecnologia de comunicação de voz e dados sobre a rede eléctrica é a mais viável para cobrir o território não abrangido pelo ADSL, mas espera o apoio do Governo ao seu desenvolvimento.



Durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados da operadora, que decorreu esta semana, o responsável da Oni sublinhou que com as condições actuais não é possível aos novos operadores cobrirem mais de 70 por cento da população com tecnologia ADSL. Entre essas condições Diogo da Silveira colocou as condições regulatórias e os preços de acesso às centrais, ainda muito elevados.



Questionado quanto à disponibilização comercial da tecnologia powerline, o presidente da Oni afirma que "haverá com certeza powerline. A questão é como e onde". O teste comercial que ainda decorre pretende não só verificar a validade do modelo de negócio como testar a adaptação dos clientes à tecnologia, que muda os paradigmas habituais no acesso às redes de comunicações já que os modems são ligados directamente às fichas eléctricas.



Diogo da Silveira garante que pelas análises realizadas o powerline se adapta a zonas de menor densidade populacional, surgindo como alternativa ao ADSL em zonas não urbanas já que os custos fixos de exploração são mais baixos, embora os custos variáveis sejam mais elevados, sobretudo devido ao preço dos modems.



O presidente da Oni admite que ainda não foi feita nenhuma abordagem ao Governo no sentido de conseguir um apoio para o desenvolvimento desta tecnologia, mas que esse apoio é fundamental para que a empresa avance, até porque há ainda questões regulatórias a resolver para colocar o serviço no mercado.

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