Para além dos planos de preços, os operadores também concorrem através da subsidiação da aquisição de equipamentos, que foi mais forte na terceira geração móvel, indica o estudo Handset Subsidies – an Empirical Investigation, realizado por Pedro Pita Barros, da Universidade Católica, para a Anacom. A análise avalia as diferentes formas de subsidiação e o seu impacto, mas adianta que não existe necessidade de intervenção regulatória nesta área.

O estudo será apresentado a 22 de Novembro numa conferência realizada pela Anacom e propõe-se identificar os “factores se encontram associados com esses subsídios, e que diferenças entre operadores na utilização deste instrumento competitivo são detectadas”. O documento mostra a utilização activa do subsídio à compra dos equipamentos pelas operadoras, não distinguindo porém o mercado particular e empresarial.

São ainda salientadas as diferenças entre os operadores no tipo de equipamento que escolhem subsidiar, com a operadora com maior base de clientes a apresentar a tendência de subsidiar menos. O estudo diz ainda que “nenhuma das operadoras subsidia com base em mais e melhores características técnicas associadas a conectividade. Contudo, todas
subsidiam, de modo significativo, os equipamentos que suportam a nova tecnologia 3G”.

Em relação às características e capacidades dos telefones subsidiados há também diferenças, nomeadamente relacionadas com as capas amovíveis, ecrãs a cores e toques polifónicos e inclusão de jogos. Pedro Pita Barros conclui que a Vodafone pratica a menor subsidiação dos equipamentos com
maior incidência nestas características, enquanto a TMN favorece os equipamentos com jogos incluídos e com capacidade fotográfica e a Optimus privilegia apenas esta última funcionalidade.

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