Os operadores móveis de telecomunicações concretizaram até final do ano passado 904 milhões de euros em contrapartidas para o desenvolvimento da Sociedade da Informação, no âmbito dos compromissos assumidos aquando da obtenção das licenças para operar a terceira geração móvel.



Repetindo alguns dos números que já tinham sido apresentados pelo ex-ministro das obras públicas, transportes e comunicações, Mário Lino, Eduardo Cardadeiro, ouvido na condição de membro do grupo de trabalho do UMTS, adiantou as informações na Comissão de Inquérito ao funcionamento da Fundação para as Comunicações Móveis.



O administrador da Anacom adiantou ainda aos deputados que estão por realizar 99,7 milhões de euros, num total de 931 milhões de euros previstos, de acordo com os dados apurados até final do ano passado e que ainda terão de ser validados pelo comité de validação de contrapartidas.



O responsável explicou ainda que a Vodafone e a Optimus já cumpriram na totalidade as contrapartidas a que estavam obrigadas, ao contrário da TMN. A operadora móvel do grupo PT tem em stand by um grupo de projectos que apresentou como contributos para o desenvolvimento da Sociedade da Informação e sobre os quais foram pedidos à empresa esclarecimentos, adianta a Lusa.



Eduardo Cardadeiro explicou ainda que ao grupo de trabalho do UMTS cabe validar as contrapartidas propostas pelos operadores. Verificar se são concretizadas já não faz parte das suas competências. Nessa condição recusou várias propostas dos operadores, algumas delas relacionadas com a fibra.