O número global de subscritores móveis que optaram pelos serviços de operadores móveis virtuais (MVNOs) atingiu os 63 milhões em 2005, num crescimento de 25 por cento face ao ano anterior. No final do ano os MVNOs captavam 2,75 por cento do mercado móvel mundial, uma fatia que tende a aumentar para 3,3 por cento até 2010.



Nessa altura, a Pyramid Research espera que existam cerca de 100 milhões de utilizadores a preferir os operadores que assentam a sua operação sobre a rede de um outro operador móvel, licenciado para o efeito. A diferença entre MVNOs e operadores tradicionais está geralmente nos preços que podem oferecer aos clientes, já que os primeiros se suportam em operações sem despesas ao nível da infra-estrutura da rede, licenças de exploração, etc.



A grande fatia de custos dos MVNOs vai directamente para os sistemas de informação que suportam a relação com o cliente e para a área comercial. Ainda assim, o estudo da Pyramid revela que estes operadores têm pela frente vários desafios e afirma que a racionalidade económica das operações não é tão atractiva como se previa.



A consultora diz que a maioria dos MVNOs no mercado não estão a cumprir objectivos em termos de break even e que começam a existir várias razões para analisar o seu modelo de negócio. São citados vários exemplos internacionais para concluir que nem todos terão a capacidade para tornar rentáveis as suas operações e acrescenta-se que os próximos 24 meses serão decisivos para clarificar quem se irá manter no mercado.



Operações discount em Portugal com resultados mais tímidos que o esperado
Portugal parece confirmar a tendência apontada no estudo com as operações existentes a apresentarem números menos expressivos que os previstos inicialmente.



De acordo com uma notícia publicada na semana passada pelo Jornal de Negócios a Uzo, primeira operação discount do mercado português montada pela TMN, controla até agora 0,8 por cento do mercado, menos de 90 mil clientes. Recorde-se que o objectivo até 2010 é atingir uma quota entre os 10 e os 15 por cento do mercado.



A rede4, que nasceu uma semana depois da Uzo, previa para o primeiro ano de actividade 100 mil clientes, mas o responsável pela operação confirmou ao jornal que até Outubro foram apenas angariados 40 mil clientes, um número que torna mais difícil chegar a 11 por cento do mercado em quatro anos. Ambas as empresas se mostram no entanto satisfeitas com os níveis de adesão ao serviço sem reverem as metas a que se propuseram.



A Vodafone, que respondeu à oferta das concorrentes com um novo tarifário de preços idênticos, não divulga números mas assume que o sucesso do conceito ficou aquém do esperado.



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