A Anacom deverá publicar em breve a decisão relativa às tarifas de terminação móvel, reduzindo os valores e optando por não reintroduzir a assimetria que a Optimus reclama, escreve hoje o Jornal de Negócios.

A nova redução das tarifas de terminação móvel terá impacto nas contas dos operadores móveis, que assim recebem menos sempre que uma chamada é originada na rede de outro operador e direccionada aos seus clientes.

A Optimus, TMN e Vodafone têm vindo a contestar esta decisão de reduzir as terminações móveis, embora exijam mais rapidez e transparência nas decisões, um pedido que foi feito durante um dos debates do Congresso da APDC. Na altura, Ferrari Careto, um dos administradores da Anacom, garantiu que a decisão estava para breve e que existia ainda a possibilidade de ser comunicada ainda em 2009, o que não aconteceu.

A possibilidade de reintroduzir a assimetria nas tarifas da Optimus, com um valor mais elevado justificado pela menor quota de mercado, estava também, em cima da mesa, mas segundo a notícia do Jornal de Negócios não virá a concretizar-se.

A operadora do grupo Sonaecom teve tarifas diferenciadas desde Agosto de 2008 a Outubro de 2009, tendo sido introduzida com atraso face à deliberação devido a problemas burocráticos.

A Optimus acredita que as razões para prolongar esta diferenciação positiva se mantêm, já que só beneficiou da assimetria durante um ano enquanto na Europa há operadores que tiveram essa protecção durante cinco ou mais anos, defendeu Filipa Carvalho, responsável pela regulação na Sonaecom, na mesma conferência.

De acordo com uma análise a que o Negócios teve acesso, em 2009 seis países europeus mantinham a aposta na assimetria que potencia o desejado efeito de rede, estando entre eles a Alemanha, França, Holanda, Itália, Noruega e Reino Unido, que optaram por uma duração próxima dos 10 anos.