A tendência já se verifica há algum tempo e mereceu destaque no último relatório de implementação da Comissão Europeia (o 15º), publicado hoje. Em Dezembro do ano passado, Portugal era o segundo país da União Europeia (logo a seguir á Finlândia) com a taxa mais elevada de utilização da banda larga móvel.



Os números citados no relatório apontam para uma penetração da tecnologia na ordem dos 16,1 por cento, ligeiramente inferior à penetração atribuída às ligações de rede fixa, na ordem dos 18,6 por cento, muito abaixo da média europeia fixada nos 24,8 por cento.



Portugal é ainda o país da União Europeia onde o número de assinantes que recorrem a operadores alternativos para receber serviços de acesso directo é mais elevado, uma marca que já tinha ficado patente em análises anteriores. De acordo com os últimos números, 41,3 por cento dos assinantes usam operador alternativo. Outro destaque que se repete é a evolução da penetração do serviço móvel, que no final do ano atingia os 146,2 por cento, mantendo-se uma das mais altas da Europa.



Os investimentos em fibra que têm vindo a ser realizados no país, também têm destaque no relatório, assim como a separação da operação de cabo da Zon, da Portugal Telecom. Relativamente à fibra - bem como ao cabo - é sublinhado o facto de vários operadores estarem a investir na tecnologia e o lançamento, durante o ano passado, de cinco concursos públicos para levar a Internet de alto débito a zonas rurais do país. Refere-se ainda o facto de no final do ano as redes de nova geração já cobrirem 3 milhões de casas.



A utilização de serviços em cabaz merece igualmente destaque no relatório europeu, já que 7 por cento da população prefere ofertas agregadas e o facto de existirem no mercado várias ofertas com estas características, nomeadamente quadruple play (combinação de quatro serviços num mesmo pacote).