Portugal entre os países mais caros da OCDE nas comunicações móveis

20 out 2005 15:53

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O relatório anual da Reportium XXI Consulting coloca Portugal entre os países mais caros da OCDE nas comunicações móveis. A TMN é o 8º operador com preços mais elevados e a Vodafone o 5º, tendo em conta um perfil de tráfego reduzido no segmento pré-pago.

Os preços das comunicações móveis praticados em Portugal estão acima dos valores médios praticados na OCDE, revela o relatório anual da Reportium XXI Consulting. Segundo o documento, que analisa o mercado das telecomunicações português, os preços da TMN, operador líder de mercado, estão 9,2 por cento acima da média, enquanto a Vodafone, o segundo operador com mais clientes, pratica preços 33,5 por cento acima da média da OCDE, colocando-se no quinto lugar da tabela dos mais caros.

Os valores apurados referem-se a um dos três tipos de cabazes analisados no estudo, que mede os preços praticados para um perfil de utilizador de tráfego reduzido, com contrato pré-pago. Este tipo de utilizador caracteriza-se pela baixa utilização do telemóvel, que resulta num consumo mensal na ordem das 25 chamadas de voz e 30 SMS, define o estudo.

Para este perfil de utilizador, o documento apura gastos médios anuais com comunicações móveis de 206.79 dólares (172,5 euros). Dos países analisados aquele que apresenta preços mais baratos é a Dinamarca, onde um capaz deste tipo na TDC Mobil tem um custo para o utilizador de 63,62 dólares (53 euros). O capaz mais caro está na Turquia e é praticado pela Turkcell que cobra 380,01 dólares (317 euros) pelo mesmo pacote de comunicações.

Portugal posiciona-se acima do meio da tabela, sendo que o cabaz em análise custa 225,8 dólares (188,4 euros) na TMN (posicionada no oitava lugar da tabela de preços) e 276,1 dólares (230,4) na Vodafone Portugal (a quinta mais cara da OCDE), contabilizados os efeitos da paridade do poder de compra.

A comparação apresentada no estudo teve por base uma análise de preços de 31 operadores da OCDE. Desta análise contam sempre os dois operadores com maior quota de clientes ou o operador com quota acima dos 50 por cento, nos países onde a análise engloba apenas um operador. O estudo da Reportium XXI conta, tal como no ano passado, com a colaboração da consultora britânica Teligen.