A proibição do uso de telemóveis durante a condução não está a ajudar a reduzir a taxa de acidentes de viação, sugere um estudo levado a efeito nos Estados Unidos e divulgado pela CNN.

Os responsáveis pela análise compararam os dados recolhidos em três Estados onde a proibição está em vigor com os números relativos a zonas onde esta não se aplica, e também com os números registados antes da entrada em vigor da lei.

Os dados recolhidos contrariam aquilo que era esperado, disse à estação televisiva o presidente do instituto que monitoriza os dados sobre a sinistralidade rodoviária, Adrian Lund.

"As leis não estão resultar na redução do número de acidentes, apesar de constatarmos que têm reduzido a utilização de telemóveis e vários estudos terem provado que telefonar enquanto se conduz aumenta os riscos de acidente", afirmou Adrian Lund.

Apesar de estudos anteriores mostrarem que usar o telemóvel enquanto se conduz aumenta os riscos de acidente, os dados relativos ao número de colisões registados antes e depois da implementação das leis que proíbem o uso de telemóveis "ao volante" não apresentam flutuações.

De acordo com o estudo, as taxas de sinistralidade registadas em locais onde se aplica a proibição são iguais às verificadas em zonas onde é permitido o uso deste tipo de equipamentos, o que deixou os especialistas perplexos.

Como o aumento das taxas de sinistralidade associado ao uso dos telefones está bem documentado, é difícil perceber porque é que os números não apresentam melhorias.

Uma das hipóteses avançadas passa pela utilização de kits de mãos livres pelos condutores - que não são proibidos mas têm uma taxa de sinistralidade associada idêntica à utilização "tradicional" dos telemóveis.