(Actualizada) Miguel Horta e Costa, CEO da Portugal Telecom, anunciou que o grupo pretende cobrir a totalidade do território português com banda larga até final do primeiro trimestre do próximo ano. Durante uma intervenção na conferência de telecomunicações organizada pela Fundação Luso-Espanhola, o responsável adiantou que a operadora pretende fazer chegar a banda larga às zonas mais remotas do país fazendo uso de tecnologia desenvolvida no seio da PT Inovação.



A tecnologia em questão designa-se Pico DSLAM e consiste num “equipamento de tamanho reduzido tele-alimentado” que permite a cobertura ADSL em zonas remotas e a micro-cobertura em zonas urbanas. Este equipamento pode ser “facilmente montado em armários de sub-repartição ou em infra-estruturas de exterior, permitindo a ligação em Banda Larga de oito clientes”, explica um documento disponibilizado pela operadora. O mesmo documento diz que esta é uma tecnologia inovadora a nível mundial, desenvolvida pela empresa de Aveiro na mesma linha do iDSL.



"Entre o final do ano e o primeiro trimestre de 2006, Portugal terá uma cobertura de banda larga a 100 por cento, qualquer casa poderá ter acesso à banda larga", disse Miguel Horta e Costa citado pela Lusa
. "Estamos a construir uma rede de auto-estrada de banda larga ao detalhe do indivíduo", acrescentou.



De acordo com os últimos números disponíveis, apresentados no final do semestre, a PT acumulava 833 mil clientes de banda larga, entre cabo e ADSL, e garantia uma cobertura de 96 por cento do território. De sublinhar que o ADSL absorvia já a maior fatia de clientes, cerca de 500 mil. Hoje o CEO da empresa acrescentou que a PT já investiu mais de 3 mil milhões de euros em banda larga.



À margem do evento Horta e Costa acrescentou ainda que até final do ano a PT poderá fazer um anúncio relacionado com o seu processo de internacionalização. O responsável voltou a frisar que os interesses do grupo nesta matéria se mantêm focados no Brasil e em África, mas frisou que a empresa está atenta a novas oportunidades também noutras geografias, relata a
Reuters.



Nota de Redacção: A notícia foi actualizada com informação sobre a tecnologia que permitirá a cobertura de zonas remotas.


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