O próximo desafio do mercado das telecomunicações está centrado na possibilidade de chagar a casa do cliente com tecnologia de fibra óptica, oferecendo larguras de débito entre 50 e 100 Mbps, mas os operadores só vão avançar com este investimento se houver uma desregulação deste mercado, considerou hoje Henrique Granadeiro, Presidente do Grupo Portugal Telecom, em conferência de imprensa.

A instalação de fibra óptica para chegar a casa dos clientes faz parte dos planos da PT Comunicações para os próximos dois a três anos, adiantou Alfredo Batista, Administrador da PT Comunicações, que afirma que só desta forma se pode responder às crescentes necessidades dos clientes e ao avanço da tecnologia, com a integração da televisão no PC que exige maior largura de banda.

A ideia foi corroborada por Rodrigo Costa, presidente da PT Comunicações, que sublinhou porém que só se podem fazer os investimentos necessários, que são muito avultados, se existir uma garantia de retorno. Embora defenda que a PT tem uma rede robusta e moderna que já sustenta muitos serviços, o presidente da PT Comunicações acrescenta que a evolução para a fibra óptica é fundamental do ponto de vista do cliente.

Henrique Granadeiro sustenta igualmente a importância da evolução para fibra óptica, mas explica que as condições actuais não o favorecem, dada a forte regulação que ainda se faz sentir neste mercado. Ao contrário dos Estados Unidos, a regulação no mercado da fibra óptica é muito forte e, segundo o presidente da PT poderá condicionar o futuro das telecomunicações na Europa.

O responsável do Grupo PT adiantou ainda que a Deutsh Telecom obteve já um sinal positivo do Governo alemão para propor a desregulamentação do mercado de fibra óptica junto da Comissão Europeia e que também em França e em Espanha os operadores históricos estão a preparar investimentos nesta área.

A discussão que está em curso abrange todo o mercado europeu, mas Henrique Granadeiro sublinha que a tendência aponta no sentido da desregulamentação, com uma orientação mais liberal da Comissão Europeia que este ano já desregulamentou quatro mercados na área das telecomunicações.

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