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Recomendação da Comissão Europeia visa dinamizar ofertas de Power Line

8 abr 2005 14:08

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Apoiando as alternativas às tecnologias tradicionais, a CE pediu aos Estados membros para eliminarem as barreiras regulatórias desnecessárias, facilitando a vida às utilities que pretendam usar a sua rede eléctrica para oferecer banda larga.

A Comissão Europeia avançou hoje com uma recomendação aos Estados membros que visa facilitar o uso da infra-estrutura eléctrica para fornecer Internet de banda larga a baixos custos. O órgão executivo da União Europeia sugere aos vários Estados que removam "todos os obstáculos regulatórios injustificados, em particular às utilities, para o desenvolvimento de soluções de banda larga baseadas em power line".

A recomendação visa clarificar as regras para utilização dos cabos eléctricos, no transporte de comunicações electrónicas de dados e detalha ainda a forma de aplicação da directiva relativa à compatibilidade electromagnética, que entra em vigor daqui a dois anos, numa versão reformulada.

O grande objectivo da medida é abrir o mercado a novos fornecedores de serviços de broadband, usando a rede eléctrica. Em comunicado, a CE reconhece que o power line é pouco utilizado para este fim, mas sublinha o seu potencial e disseminação apontando para o facto de existirem 200 milhões de linhas eléctricas na Europa a cobrir casas, escolas e empresas.

"Devemos criar as condições para que tecnologias inovadoras possam demonstrar a sua viabilidade e contribuir para o crescimento da Europa", justifica Verheugen, vice-presidente da Comissão e comissário responsável pelas empresas e indústria.

A Comissão explica que a abertura do mercado eléctrico na Europa aumentou o potencial de negócio para as companhias do sector que, no entanto, se têm visto limitadas na sua actuação por falta de legislação clara.

Em toda a Europa, incluindo Portugal, existem várias experiências nesta área e algumas ofertas comerciais, como em Espanha, por exemplo. O power line começou a ser estudado há mais de 20 anos, mas nunca descolou como alternativa a outras tecnologias de dados por questões relacionadas com a compatibilidade electromagnética com outros equipamentos (que nos últimos anos deixou de ser uma questão preocupante) e pela escassez de legislação nesta área.