A Rede Ciência, Tecnologia e Sociedade (RCTS) é actualmente uma das redes mais desenvolvidas entre todos os países europeus e a nível mundial, na opinião de Luís Magalhães. Para o presidente da UMIC, a plataforma que serve as instituições científicas e do ensino superior desde os anos 90, ligando-as à correspondente rede europeia, tem todos os componentes característicos das chamadas redes de nova geração: banda muito larga apoiada na utilização de fibra óptica, possibilidade extensa de comunicações móveis e serviços avançados, e por isso deveria ser considerada como tal.

"Fala-se muito em redes de nova geração como desenvolvimentos futuros, mas temos já algum tempo instalada uma grande rede de nova geração em Portugal, a RCTS", referiu Luís Magalhães em declarações ao TeK, assegurando que a RCTS tem todos os ingredientes de um RNG "à máxima potência".

Gerida pela FCCN, a RCTS chega actualmente a 80% da comunidade científica nacional, tendo visto a sua capacidade aumentar oito vezes entre 2005 e Julho de 2008, período em que passou de 1,2 para 10 Gbps, segundo dados apresentados oficialmente por aquela entidade esta terça-feira.

Entre as aplicações e serviços suportados pela RCTS destaque para salas de videoconferência imersíveis e para o Nó Nacional de Computação GRID.

Dadas publicamente a conhecer esta terça-feira, estas salas de videoconferência imersíva permitem recriar uma situação próxima da presencial entre intervenientes em locais diferentes.Instaladas, respectivamente, no LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil) e na
Reitoria da Universidade do Porto, as salas são de uso comunitário, podendo ser reservadas pela comunidade científica e universitária.

Relativamente ao Nó Nacional de Computação GRID, os responsáveis da FCCN salientam os mais de 1.100 processadores de 600 TB de memória em disco instalados num novo centro de dados de 400 metros quadrados.