O Governo dá hoje o "tiro de partida" para a construção das infra-estruturas que vão suportar uma oferta de redes de nova geração em diversas zonas rurais do país. Lançados em 2009, vários concursos públicos escolheram as empresas que vão desenvolver infra-estruturas em zonas do país consideradas menos atractivas para os operadores, do ponto de vista comercial.




Os vencedores foram conhecidos a meados do ano, mas os projectos não avançaram logo, ficando à espera de luz verde de Bruxelas que suporta, de forma directa, 50 milhões de euros, do investimento necessário. Os atrasos eram confirmados no início de Dezembro por Paulo Campos, secretário de Estado do MOPTC - Ministério das Obras Públicas Transportes e Comunicações.



Em declarações à Lusa, o mesmo responsável diz a propósito das redes de nova gerações zonas rurais que "estamos a dar igualdade de oportunidades ao interior que ao litoral", sublinhando que a infra-estrutura "tratá uma revolução em serviços públicos fundamentais" como a saúde ou a educação.



Paulo Campos afirma ainda que o investimento nas redes de nova geração fará de Portugal um dos países da União Europeia com maior cobertura deste género de serviços. O empenho do Governo fica aliás explicito na mobilização de responsáveis políticos a Penacova, local escolhido para a cerimónia de lançamento das redes de nova geração, agendada pelo governo. António Mendonça, ministro da tutela, Paulo Campos, secretário de Estado, e José Sócrates Primeiro-ministro rumam a norte.



As redes rurais, cujo início da construção hoje se assinala, devem chegar a 800 mil utilizadores, 50 mil empresas e 1,2 milhões de portugueses.


Um estudo divulgado esta semana pela Anacom revelava que levar as redes de nova geração às zonas rurais do país custará entre 651 e 1.630 euros. O mesmo estudo indicava que 70 por cento dos custos envolvidos se referem a trabalhos de construção civil.