A Universidade Surrey no Reino Unido recebeu um investimento de 35 milhões de libras (43,4 milhões de euros) para criar um centro de Inovação especificamente dedicado à investigação da próxima geração de comunicações móveis.



A verba foi atribuída por operadores, fabricantes e pelo UK Research Partnership Investment Fund e vai permitir à instituição dedicar mais recursos à investigação nesta área. Como disse à BBC Rahim Tafozolli, diretor do centro de comunicações da universidade, o 4G (LTE) embora apenas agora tenha sido lançado é velho no sector e começou a ser desenvolvido há mais de uma década.



Preparar a tecnologia que lhe vai suceder requer anos de investigação, algo que aliás já está a ser feito em vários pontos do mundo e que, como o mesmo professor afirmou à BBC, a própria universidade britânica também já vinha fazendo.

Curioso é notar que o investimento agora anunciado seja revelado um dia depois do FTTH Europe ter apontado o país como uma das grandes economias europeias mais atrasadas no desenvolvimento das redes de nova geração.



A investigação do novo centro de inovação terá em conta alguns aspetos preocupantes da norma 4G, cuja utilização começa agora a disseminar-se. O elevado consumo energético de gestão das redes é um desses aspectos. Como indica Tafozolli, o sucessor do 4G terá de ser muito mais eficiente energeticamente.



Terá igualmente de ajudar a dar resposta ao crescimento acelerado do tráfego que circula nas redes móveis, que vem duplicando a cada ano, tendo em conta que o espectro radioelétrico é um recurso escasso e próximo do limite.



As fronteiras entre as comunicações móveis e a Internet estão a esbater-se, pelo que a quinta geração será Internet em movimento", defende Tafozolli.



Os especialistas acreditam que o 5G deverá ser lançado em 2020, altura em que começará progressivamente a substituir as redes 4G.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira