Existem sete países no mundo onde a taxa de penetração móvel é superior a 200%, o que significa que por cada habitante existem duas subscrições de tarifários de telecomunicações móveis. Os números relativos ao final de 2011 indicam ainda que em mais de cem países, a taxa de penetração é superior a 100%.

Ao todo e em todo o mundo existem seis mil milhões de subscrições de serviços móveis e mais de metade pertencem ao continente asiático. Se a evolução de subscrições continuar ao mesmo nível, a União Internacional das Telecomunicações (UIT) prevê que em 2014 serão mais os tarifários móveis subscritos do que as pessoas que existem em todo o planeta.

Mesmo em locais onde os índices de desenvolvimento são mais baixos, como a África subsariana, a taxa de penetração dos telemóveis ronda a casa dos 50%, um resultado bem superior à taxa de telefones fixos que existe nessa mesma região, calculada em apenas 1%.

Os tarifários pré-pagos são esmagadoramente os preferidos dos utilizadores mundiais representando 70% dos planos de subscrição existentes.
A China foi o primeiro país a ultrapassar o número de mil milhões de subscrições de serviços móveis, mas os resultados da Índia são pouco inferiores e a barreira do "milhão" deve ser quebrada num curto espaço de tempo. O mercado chinês é atualmente o maior mercado de smartphone, segundo apurou a UIT.

A entidade estima ainda que 90% da população esteja em áreas com cobertura de redes 2G e cerca de metade tenha acesso a redes 3G, com mais de 160 países a suportarem este tipo de ligações móveis. Ao todo existem 1,1 mil milhões de tarifários de banda larga subscritos, um número que já é duas vezes superior ao número de telefones fixos contratados - a taxa de crescimento por ano nos últimos 4 anos tem sido de 41%.

A Internet cresce mas maioria dos jovens está offline

O estudo revelou que no final de 2011, cerca de 2,3 mil milhões de pessoas tinham acesso à Internet, um crescimento de 100% no espaço de cinco anos, mas que ainda assim deixa cerca 66% da população mundial sem acesso à rede. Os números são mais "duros" relativamente aos países em vias de desenvolvimento onde 75% dos habitantes não tem acesso à Internet.

Nos países em vias de desenvolvimento o número de utilizadores ativos de Internet cresceu 18% no espaço de cinco anos, fixando-se agora em 62%.

A investigação da UIT revela ainda que cerca de 2/3 da população mundial com menos de 25 anos não tem ligação à Internet, o que por si só revela o espaço e o potencial que pode ser explorado com o crescimento da rede.

Para o crescimento dos diversos índices analisados contribuiu a queda do preço dos serviços relacionados com as TIC, cerca de 30%, entre 2008 e 2011. O mercado das tecnologias da comunicação gerou 1,5 biliões de dólares no ano de 2010, um valor que corresponde a 2,4% do PIB mundial desse ano, e atualmente cerca de 12% das exportações mundiais é de produtos relacionados com as TIC.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico