Concentrada no GSM e nos novos serviços que aí podem ser explorados a Siemens Portugal apresentou hoje o seu portfólio de produtos para o último trimestre de 2004, deixando de fora novas ofertas 3G e mostrando três equipamentos com funcionalidades push to talk que vão estar disponíveis durante os meses de Novembro e Dezembro.




O push to talk transporta para os telemóveis funcionalidades idênticas às de um walkie talkie permitindo que dois ou mais utilizadores estabeleçam comunicação de voz entre si premindo uma única tecla. Para já, nenhum dos operadores móveis nacionais tem oferta nesta área mas, pelo menos a TMN e a Optimus, já admitiram publicamente estarem a realizar experiências com grupos fechados de utilizadores para testar a aceitação do serviço e delinear os parâmetros de uma oferta comercial.




A Siemens avança que está a participar em cerca de 18 trials internacionais, embora não confirme a sua presença em nenhuma das experiências nacionais que deverão manter-se durante os próximos meses. Ainda assim, Mário Pimentel Carrier Sales da Mobile Communications explicou ao TeK, à margem da conferência, que os pilotos internacionais estão a desenvolver-se com resultados positivos e que muito provavelmente deverão começar a transformar-se em ofertas comerciais já no primeiro trimestre de 2005.




Tendo em conta esta previsão o responsável concorda com a opinião dos dois principais operadores móveis nacionais (ver notícias relacionadas) que apontam o final de 2005 como período necessário para a maturação do serviço e angariação de um número comercialmente interessante de clientes.




Mesmo sem datas de arranque comercial completamente definidas em Portugal a política da Siemens passa por equipar todas as suas gamas de equipamentos, excluindo os equipamentos de classe A, com esta funcionalidade já a partir do próximo ano, usando standards abertos e interoperáveis com as aplicações de outros fabricantes, referiu o mesmo responsável na conferência de imprensa.




Os equipamentos com funcionalidades push to talk apresentados hoje pela Siemens são o CX70 e o CX70 Emoty: ambos incluem MMS, câmara VGA, assistente telemóvel com animação 3D e ecrã de 65 mil cores. O primeiro estará disponível por 169 euros e o segundo por 199 euros (embora o lançamento do primeiro esteja condicionado pela disponibilização do serviços push to talk pelos operadores).




A estes dois equipamentos junta-se o SK65 que já foi apresentado pela Siemens em Londres mas será reposicionado no mercado em Dezembro. Este equipamento dirigido ao segmento empresarial permite a gestão de emails através da tecnologia BlackBerry Built In, memória interna de 64 MB para gestão de dados, mais 30 MB para armazenar informações pessoais como emails e aplicações java. O equipamento conta ainda com as funcionalidades multimédia comuns num topo de gama dirigido ao segmento profissional, ao que acrescem as funcionalidades push to talk, que a Siemens convencionou chamar de push and talk.




Para além destes produtos a Siemens lança ainda este mês o A65, um equipamento com MMS, java, triband e uma memória de 1.6 mega que irá custar 89 euros; o SFX65 dirigido a um target feminino, suportado por GPRS, com 4 megas de memória e câmara incluída e o o S65 - que já está disponível - por 399 euros e que dispõe de câmara digital com 1.3 megapixels, cartão bluetooth com 32 MB e acelerador 3D.




Para Novembro fazem parte da lista de lançamentos o SL65 com câmara VGA e vídeo, zoom de 5 vezes e monitor TFT que irá custar 499 euros e finalmente para Dezembro a fabricante guarda o SF65: com câmara digital de 1.3 megapixels, flash LED, zoom de quatro vezes, ecrã rotativo de 65 mil cores e 18 MB de memória.




No que respeita ao UMTS Paulo Ferreira, responsável da Siemens para a área móvel adiantou aos jornalistas que a empresa só deverá lançar novos equipamentos UMTS no segundo trimestre de 2005 por considerar que antes disso não estão reunidas as condições necessárias para que o serviço seja rentável.




Segundo as previsões da Siemens em 2005 deverão ser vendidos em Portugal entre 150 e 300 mil equipamentos 3G, enquanto este ano os operadores não devem vender mais de 20 mil equipamentos, o correspondente a 5 por cento das vendas previstas para trimestre.





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