A operadora americana de telecomunicações T-Mobile e a SpaceX assinaram uma importante parceria que vai permitir expandir à empresa expandir a sua oferta de internet nos locais sem rede, as chamadas “zonas mortas”. Ou seja, a operadora passa a integrar na sua oferta a possibilidade de os clientes se manterem online estejam no meio do oceano, a voar, assim como em locais mais inóspitos e sem cobertura.
A parceria foi anunciada durante uma conferência diretamente das instalações da SpaceX, com as empresas a partilharem a sua visão de conetividade para o futuro, numa aliança que chamaram de “Coverage and Above and Beyond”. Basicamente a T-Mobile vai integrar espectro 5G na segunda geração dos satélites Starlink, que estão previstos serem lançados no próximo ano.
A T-Mobile garante dessa forma a capacidade de manter os seus clientes sempre conectados, independentemente do local onde estiverem, e mesmo no caso de deslocações prolongadas. De recordar que em julho a SpaceX recebeu a autorização final do regulador FCC para operar o seu sinal de internet por satélites em aviões, automóveis, navios e outros veículos em movimento. Até aqui os terminais de acesso eram fixos, de forma a comunicarem com os satélites, algo que a segunda geração vai corrigir, conferindo-lhes total mobilidade. E nas palavras do CEO da T-Mobile, Mike Sievert, é como colocar uma torre celular no céu, na sua parceria com a empresa de Elon Musk.
Os clientes dos serviços de comunicações passam a obter sinal permanente nas suas deslocações, sem a necessidade de trocar de smartphones, uma vez que na prática a rede que utiliza é a mesma do operador. O sistema vai entrar em beta no próximo ano, foi referido na apresentação, começando com o envio de mensagens, que incluem SMS, MMS e algumas aplicações de messaging, trocadas em tempo real. Mais tarde será possível utilizador dados para navegar na internet e usar comunicação de voz.
E pelo que o líder da operadora disse, os serviços de satélites não terão custos adicionais, sendo integrados nos planos normais disponíveis aos seus clientes, exceto os de baixo custo, que poderão ser cobrados à parte. No entanto, promete baixar o preço da oferta em comparação ao custo das atuais ofertas de comunicações por satélite.
Para ter uma ideia, recentemente a Starlink lançou uma versão do seu serviço de internet para navios, garantindo uma velocidade de download de 350 Mbps e upload de 40 Mbps por uma mensalidade de 5 mil dólares, além dos custos do equipamento e instalação que é de 10 mil dólares.
Mas a SpaceX continua a expandir os serviços de internet Starlink a particulares e a torná-los mais acessíveis aos consumidores espalhados pelo mundo. Vários utilizadores estão a reportar que os preços dos serviços têm vindo a baixar, em algumas situações para metade do valor da mensalidade, como acontece na Croácia, Brasil e Chile segundo reportou o The Verge. Outros cortes significativos estão a ser registados na Holanda, Reino Unido, México e Alemanha.
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