A Starlink lançou uma versão do seu serviço de internet por satélite para barcos. A nova oferta garante uma velocidade de download de 350 Mbps e de upload de 40 Mbps, por uma mensalidade de 5 mil dólares. A este valor acresce ainda o custo do prato de satélite, a instalar na embarcação para receber o serviço, que é de 10 mil dólares. Os valores ajustados para euros ainda não estão disponíveis no site da empresa.

A oferta residencial do serviço da SpaceX de Elon Musk tem um perfil de custo diferente. O receptor custa em Portugal 649 euros e a mensalidade do serviço é de 99 euros, mas ao contrário do que acontece nesta modalidade, na Starlink Marítima, o cliente pode pôr o serviço em pausa quando não há utilização. Ou seja, se ativar um mês terá de pagar a mensalidade completa, mas se no mês seguinte não tiver intenção de usar pode trancar a mensalidade.

Tecnicamente também há diferenças. Como Elon Musk já teve oportunidade de explicar, cita o Engadget, o serviço é suportado em terminais de alta performance que permitem manter a conectividade em alto mar, mesmo em situações extremas, como tempestades e ventos fortes.

O responsável garante também que, além da fiabilidade, o preço é um fator diferenciador da nova oferta e revela que a Space-X paga 150 mil dólares por mês, para usufruir de um serviço de pior qualidade nos seus navios.

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O serviço já está disponível na Europa, onde a exceção vai para as costas da Noruega, Finlândia e Suécia. Na costa portuguesa já é possível usar o serviço. Pode também ser usado ao largo dos Estados Unidos, Brasil, Chile e parte das costas da Austrália e Nova Zelândia.

Para já, só está acessível em zonas costeiras - a cobertura pode ser confirmada no site da Starlink, mas a empresa garante que o objetivo é torná-lo numa opção de conectividade para as zonas mais remotas dos oceanos. A extensão da cobertura para novas localizações avança no último trimestre deste ano e durante o próximo ano.

A Starlink Marítima é uma oferta pensada para iates, barcos, navios ou plataformas petrolíferas, como exemplifica a marca. O lançamento acontece dias depois da Space-X ter recebido autorização do regulador dos Estados Unidos para fornecer o seu serviço de internet, suportado na constelação de satélites que já tem em órbita, a qualquer veículo em movimento.

A SpaceX destaca a fiabilidade e resistência e num tweet indica que para além de suportar chuva forte, frio e calor extremo e ventos de mais de 30 nós, a solução até resiste à aterragem dos foguetões, partilhando um vídeo captado numa das plataformas da empresa no mar durante uma aterragem.

A empresa já tinha algumas autorizações específicas para operar neste tipo de contexto, mas a autorização da FCC remove as restrições e abre caminho a uma execução mais abrangente da estratégia que sempre esteve na base do projeto - fazer chegar a internet a qualquer ponto do globo. Em breve é provável que surjam mais novidades, associadas a outros meios de transporte.

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