Os serviços de telecomunicações continuam a ser os que suscitam maior grau de insatisfação junto dos consumidores portugueses. Pelo menos a avaliar pelo número de contactos com pedidos de informação e reclamações recebidos pela Deco.

Os dados relativos a 2010, agora divulgados pela Associação de Defesa do Consumidor, revelam que embora o número de contactos na área das telecom tenha, à semelhança do que aconteceu na globalidade dos sectores, diminuído, continuam a representar a maior fatia dos pedidos de ajudar recebidos.

No ano que terminou, 72.535 por cento dos pedidos de esclarecimento e/ou intervenção em litígios chegaram de clientes insatisfeitos com os seus operadores. O valor representa cerca de 19,6 por cento do total de contactos recebidos pela Deco: 369.767.

O valor fica alguns milhares abaixo dos 381.790 verificados em 2009. No mesmo ano, o número de contactos relacionados com o sector das telecomunicações ascendeu aos 102.232.

O incumprimento das velocidades contratadas no serviço de Internet é o principal problema reportado pelos clientes, que também pediram ajuda na resolução de conflitos relacionados com problemas decorrentes da assistência técnica, falta de qualidade ou período de fidelização dos produtos triple play, relata a associação. Os serviços de toques e jogos para telemóveis foram motivo para "inúmeros contactos dos consumidores", acrescenta.

Também sem grandes alterações face ao ano anterior, a venda de bens e serviços e a banca voltaram em 2010 a ser os outros sectores mais "problemáticos", com 51.350 42.027 contactos, respectivamente - que correspondem a fatias de 13,9 e 11,4 por cento da globalidade dos pedidos de ajuda recebidos.

No ano passado, 369.767 consumidores contactaram a DECO. As telecomunicações, compra e venda de bens, banca e serviços de interesse geral voltaram a ser os sectores que mais reclamações motivaram.