Durante o ano de 2002 o tráfego telefónico da rede fixa sofreu uma quebra de 6,4 por cento em relação às chamadas realizadas em 2001, indicou hoje a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom). A quebra de tráfego nas ligações de rede fixa, especialmente originada no mercado doméstico, tinha já sido revelada no Relatório e Contas da PT Comunicações que mostrava um impacto significativo nas contas desta empresa do Grupo PT.



Ao todo os utilizadores de serviço telefónico geraram 14,8 mil milhões de minutos de tráfego telefónico, o que inclui chamadas de voz e acesso à Internet. Durante o ano de 2001 o número de minutos realizado em na rede fixa foi de 15,8 mil milhões.



Segundo o comunicado da Anacom, a PT Comunicações foi responsável por 89,3 por cento do tráfego gerado em 2002, perdendo 3% de quota de mercado em relação a 2001, quando detinha 92,2 por cento do tráfego. A maior redução foi sentida no tráfego nacional onde a empresa encaminhou 89,8% das chamadas - contra 92,8% em 2001 - já que no tráfego internacional de saída apenas perdeu 0,2 por cento, encaminhando 74, por cento de todos os telefonemas. A Anacom não indica as percentagens de tráfego encaminhadas pelos novos operadores.



Em relação ao número de clientes, no final de 2002 eram contabilizados 4,6 milhões de acessos telefónicos principais, registando-se uma redução de 0,5% em relação aos números de 2001. A PT Comunicações detinha 95% dos registos, sendo os restantes assegurados por novos operadores.



Em comparação com a rede móvel verifica-se que a rede fixa continua a ser responsável por um maior volume de minutos de tráfego, 15 mil milhões comparados com os 10 mil milhões contabilizados na rede móvel, embora o número de clientes registado seja agora de quase metade. Como se pode ver pelos números da Anacom, existem 4,6 milhões de clientes registados de telefone fixo e 8,5 milhões na rede móvel.

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