Entre junho e setembro, o tráfego total de Internet em banda larga fixa aumentou 53% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados da Anacom divulgados esta quinta-feira, 3 de dezembro, mostram também que o tráfego médio mensal por acesso registou um crescimento, neste caso de 45,7%, chegando aos 193 GB. Apesar do aumento, o tráfego médio mensal neste trimestre foi inferior ao máximo histórico do trimestre anterior, de 209,7 GB.

De acordo com o regulador, estima-se que, em pleno contexto de pandemia, se tenha assistido a um aumento de 23% no terceiro trimestre deste ano no tráfego médio por acesso. Já no segundo trimestre essa percentagem tinha sido mais elevada, chegando aos 36%.

Continua a crescer o número de famílias portuguesas com banda larga fixa

Em linha com o crescimento noutros setores, os dados da Anacom mostram um aumento de 4,1 pontos percentuais do número de famílias que têm Internet com banda larga fixa.

Apesar de se ter registado um aumento de 192 mil acessos de banda larga fixa (4,9%) nos últimos 12 meses, que atingiram um total de 4,1 milhões, o crescimento neste trimestre não foi tão acentuado como no segundo. Entre junho e setembro, o valor subiu apenas 5,3%.

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A fibra ótica foi a principal forma de acesso à Internet em banda larga fixa, com 53,8% do total de acessos. Em termos práticos, isto significa mais 4,4 pontos percentuais do que no terceiro trimestre de 2019.

No que diz respeito à quota de subscritores, a MEO surge na liderança, com uma quota de 40,4%. Segue-se o grupo NOS, com 35,3% dos clientes, e a Vodafone, com 20,4%. O grupo NOWO/ONITELECOM surge em último lugar, tendo 3,6% da quota. Se se considerarem apenas os acessos residenciais, a ordem mantém-se a mesma.

Quanto ao tráfego de banda larga fixa, a MEO tinha no final de setembro uma quota de 38,9%, seguida do Grupo NOS com uma quota de 34,9%. A Vodafone apresentava uma taxa de 22,1% e o Grupo NOWO/ONITELECOM de 3,3%.